Joe Biden vence na Pensilvânia e já é considerado eleito presidente dos EUA

Por Arlaine Castro

O democrata Joe Biden e a vice-presidente eleita, Kamala Harris.

Com a contagem da Pensilvânia, o democrata Joe Biden alcançou 284 delegados no Colégio Eleitoral neste sábado, 7, de acordo com projeções da agência de notícias Associated Press (AP), número mais do suficiente para derrotar o republicano Donald Trump e se sagrar o 46º presidente dos Estados Unidos.

A projeção é gerada por cálculos da AP e ainda não vale como oficial, embora as eleições passadas tenham sido dadas da mesma forma. Estados ainda contam cédulas que chegaram pelo correio, mas pela projeção, mesmo com os votos pendentes, Biden lidera Trump. 

Neste sábado, até às 11:47am Biden somava 284 colégios eleitorais, 50.6% dos delegados e 74,847,834 votos populares. Trump somava 214 delegados, 47.7% e 70,591,531 votos populares.

Biden também venceria a eleição se vencesse em dois dos três outros estados-chave, onde teve uma pequena vantagem na sexta-feira: Geórgia, Arizona e Nevada. Como na Pensilvânia, os três ainda estavam processando cédulas na sexta-feira.

A virtual vitória de Biden marca o retorno de um democrata à Casa Branca desde a saída de Barack Obama, que governou o país entre 2009 e 2017 — e de quem Biden foi vice-presidente.

Com a vitória democrata, a senadora Kamala Harris, de 55 anos, é a primeira mulher a ocupar o cargo de vice-presidente dos Estados Unidos. Ela é companheira de chapa do democrata Joe Biden, eleito presidente dos EUA no pleito de 2020, segundo projeções de diversos veículos de imprensa, como Associated Press, 'New York Times', NBC e CNN.

Alegação de fraude

A campanha de Trump alega que a eleição está sendo roubada e promete ações na Justiça para impedir que Biden vença. A campanha republicana pediu recontagem em Wisconsin e tenta suspender a apuração na Pensilvânia, na Geórgia e em Michigan.

Também pediu interferência em um caso pendente na Suprema Corte dos EUA sobre a Pensilvânia, um estado importante da disputa que ainda está contando centenas de milhares de cédulas enviadas pelo correio. O republicano tenta impedir que o estado conte votos que cheguem depois da eleição.

Em seu pronunciamento, Biden rebateu: "Todos os votos precisam ser contados. Ninguém vai tirar nossa democracia, nem agora, nem nunca. A América foi longe demais, lutou em muitas batalhas, a América suportou demais para deixar isso acontecer."

Trump está tentando evitar se tornar o primeiro presidente em exercício dos EUA a perder uma candidatura à reeleição desde George H.W. Bush, em 1992.