Procurador-geral autoriza investigação sobre fraude na eleição

William Barr indicou que o Departamento de Justiça não tem provas de casos genuínos de fraudes durante as eleições, mas autorizou investigação

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William Barr e Donald Trump.

O chefe do Departamento de Justiça americano, William Barr, autorizou na segunda-feira, 9, procuradores federais de todo o país a abrirem investigações sobre irregularidades nas eleições, enquanto o presidente Donald Trump continuava afirmando que perdeu a votação devido a uma fraude.

Barr, muito próximo de Trump, indicou em carta aos procuradores do país que não se trata de uma indicação de que o Departamento de Justiça tenha provas de casos genuínos durante as eleições vencidas pelo democrata Joe Biden.

Mas o anúncio libera os funcionários de antigas restrições a esse tipo de investigação, em meio a denúncias dos republicanos de que houve votos ilegais e irregularidades na apuração, sem apresentar evidências.

"Uma vez que a votação nas atuais eleições foi concluída, eu os autorizo a investigar denúncias substanciais de irregularidades na votação e no processo de recontagem, antes da certificação das eleições em suas jurisdições em certos casos", determinou Barr.

O funcionário, nomeado por Trump, disse aos procuradores que "essas investigações ou revisões devem ser conduzidas quando houver denúncias claras e aparentemente confiáveis de irregularidades que, caso comprovadas, poderiam ter impacto potencial no resultado da eleição federal em um determinado estado".

Depois da notificação, o chefe do serviço responsável por crimes eleitorais, que supervisiona as investigações de fraude, Richard Pilger, anunciou sua renúncia, de acordo com vários meios de comunicação.

Pilger explicou sua decisão em um e-mail enviado a sua equipe. "Depois de examinar as novas regras e suas ramificações, infelizmente tenho que renunciar a meu cargo", escreveu, de acordo com o jornal New York Times.

Habitualmente, as investigações de fraude são de competência dos estados, que estabelecem suas regras.

A política do Departamento de Justiça tem sido evitar qualquer envolvimento federal até que as apurações sejam certificadas; as recontagens, concluídas; e as disputas, encerradas. Com informações do The New York Times.