Trump anuncia decreto para 'priorizar' vacinas aos EUA

A FDA deve aprovar o uso emergencial da vacina da Pfizer e BioNTech em alguns dias, acompanhada pela liberação da vacina fabricada pela Moderna

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Trump durante conferência da Operação Warp Speed dia 8 de dezembro.

O presidente Donald Trump anunciou na terça-feira, 8, a assinatura de um decreto "para garantir que os cidadãos americanos tenham prioridade para receber vacinas americanas".

Não está claro como este decreto seria aplicado, visto que os fabricantes de vacinas já assinaram acordos com outros países. Mas a medida sugere que os Estados Unidos estão preocupados com uma possível escassez quando prevem imunizar dezenas de milhões de pessoas nos próximos meses.

O presidente afirmou também que o país está a dias da aprovação de uma vacina contra o novo coronavírus, em discurso durante conferência da Operação Warp Speed. Segundo ele, a FDA deve aprovar o uso emergencial da vacina da Pfizer e BioNTech em alguns dias, acompanhada "pouco depois" pela liberação do imunizante desenvolvido pela Moderna.

Trump ainda afirmou esperar em breve notícias de outras vacinas, após citar a produzida pela Johnson & Johnson, que requer apenas uma dose para imunizar contra o vírus.

Ao fim do discurso e de uma rodada de perguntas de jornalistas que acompanharam o encontro, Trump assinou uma ordem executiva que dá prioridade a cidadãos americanos na distribuição de vacinas contra a COVID-19 fabricadas por farmacêuticas instaladas no país. "Todo americano que quiser tomar a vacina terá acesso", disse.

O presidente cogitou utilizar a Lei de Proteção à Produção caso os EUA "tenham problemas" para distribuir as vacinas aos americanos. Apesar disso, Trump defendeu que os EUA trabalhem com os outros países após garantir a imunidade da população local.

Trump ainda voltou a repetir, sem provas, que o pleito que elegeu seu adversário Joe Biden foi fraudulento. "Esperamos que a próxima administração seja uma administração Trump. Não se pode roubar milhões de votos", disse, ao responder um jornalista que questionou a falta de membros da equipe de Biden no encontro, uma vez que será o próximo governo a administrar a maior parte das vacinas a serem aprovadas pelo FDA.