Força-Tarefa da Casa Branca recomenda fim da restrição a viajantes do Brasil e Europa
A Força-Tarefa do Coronavírus da Casa Branca recomendou ao presidente Donald Trump que os Estados Unidos comecem a permitir que viajantes entrem no país vindos do Brasil, do Reino Unido e dos 27 países da União Europeia, segundo duas autoridades envolvidas nas discussões.
Se Trump aprovar a proposta, reverterá as proibições de viagens de entrada para aliados dos EUA colocadas em prática em maio, ainda no início da pandemia, conforme o vírus se espalhava no exterior. As viagens da China e do Irã, dois dos primeiros hotspots do vírus e cujas viagens foram restritas em janeiro e fevereiro, não seriam relaxadas, segundo essas autoridades.
A força-tarefa não foi unânime em sua recomendação, que foi enviada ao presidente antes do feriado de Ação de Graças. As fontes disseram que os Centros para Controle e Prevenção de Doenças se opuseram fortemente à reabertura das viagens como imprudente, especialmente porque a liderança da agência estava sinalizando para o público americano que viagens domésticas em feriados não eram seguras.
A política, conforme proposta, não garantiria a entrada de viajantes americanos nesses mesmos países, perturbando alguns dos conselheiros de Trump, que argumentam que isso vai contra o mantra do governo "América em primeiro lugar". Mas ainda existem divergências significativas entre nações e blocos sobre quais protocolos são necessários para manter a transmissão do vírus sob controle, e as duas autoridades que falaram à CNBC disseram que pode haver desacordo entre as administrações que entram e saem, complicando ainda mais as negociações.
Nos Estados Unidos, a força-tarefa concordou que as autoridades locais - como aeroportos individuais, governadores e prefeitos - ficariam a cargo do protocolo de teste e quarentena exigido de viajantes internacionais assim que pousassem, a fim de evitar a criação de um regime regulatório federal que sobreviveria a pandemia.
A Casa Branca não respondeu a um pedido de comentário sobre a posição do processo político e quando Trump poderia colocá-lo em prática. As duas fontes envolvidas na discussão disseram que, se aprovado, seria anunciado antes de Trump deixar o cargo, mas o aumento do vírus à medida que as férias se aproximam desafiaria qualquer anúncio antes disso.
A Reuters relatou pela primeira vez a consideração de suspender as restrições a viagens. O Wall Street Journal informou em outubro que as autoridades estavam discutindo uma abertura limitada do corredor de viagens entre Nova York e Londres, para entrar em vigor antes das férias.