Lisa Montgomery: EUA executam mulher após 67 anos

Por Arlaine Castro

Lisa Montgomery receberá uma injeção letal em 8 de dezembro, anunciou o Departamento de Justiça.

Lisa Montgomery - a única mulher no corredor da morte nos Estados Unidos - foi executada por assassinato na madrugada desta quarta-feira, 12. Ela recebeu uma injeção letal em uma prisão em Terre Haute, Indiana, após uma suspensão de última hora da execução ter sido interrompida pela Suprema Corte dos Estados Unidos.

O caso chamou a atenção porque seus advogados argumentaram que ela era doente mental e sofreu graves abusos quando criança.

A mulher de 52 anos estrangulou uma mulher grávida antes de cortar e sequestrar seu bebê no Missouri em 2004.

Sua vítima, Bobbie Jo Stinnett, de 23 anos, sangrou até a morte, mas seu bebê foi recuperado com segurança e voltou para sua família.

Montgomery é a primeira presidiária federal a ser condenada à morte pelo governo dos Estados Unidos em 67 anos.

De acordo com testemunhas, uma mulher que estava ao lado de Montgomery durante o processo de execução, removeu a máscara da presa e perguntou se ela tinha algumas últimas palavras. Montgomery respondeu "não" e não disse mais nada.

Ela foi declarada morta às 01:31 (horário local. O advogado de Montgomery, Kelley Henry, disse que todos os que participaram da execução "deveriam sentir vergonha".

"O governo não parou por nada em seu zelo para matar essa mulher ferida e delirante", disse ela em um comunicado. "A execução de Lisa Montgomery estava longe da justiça."

Na terça-feira, 12, dia marcado para a a execução, um juiz em Indiana interrompeu a injeção programada até que uma audiência de competência mental pudesse ser realizada. Mas a Suprema Corte decidiu que a execução deveria prosseguir.