Impeachment Trump: Presidente vai enfrentar julgamento no Senado
Donald Trump vai enfrentar julgamento no Senado após se tornar o primeiro presidente dos Estados Unidos a ser acusado de improbidade no cargo pela segunda vez. A Câmara aprovou ontem, quarta-feira, 13, o pedido de impeachment por 232 votos a favor e 197 contra.
Desta vez, Trump é acusado de incitar uma multidão que invadiu o Congresso na semana passada, depois que repetiu falsas alegações de fraude eleitoral e convocou multidão para seguir até o Capitólio durante sessão que confirmava o resultado da eleição de novembro. Cinco pessoas morreram na invasão e mais de 90 foram presas.
O julgamento no Senado será realizado depois que o presidente deixar o cargo na próxima quarta-feira, 20.
Se Trump for condenado, os senadores também podem votar para impedi-lo de ocupar cargos públicos novamente.
O julgamento segue a votação de ontem na Câmara dos Representantes, que formalmente acusou - aprovando o impeachment - o presidente de "incitamento à insurreição" por seu papel na invasão.
Entre os que votaram a favor estão 10 membros do Partido Republicano, o mesmo de Trump. Outros quatro republicanos não votaram. Os democratas foram unânimes nos votos a favor.
O líder republicano do Senado, Mitch McConnell, disse que "simplesmente não havia chance de que um julgamento justo ou sério" pudesse ser concluído, dadas "as regras, procedimentos e precedentes do Senado" que regem os julgamentos envolvendo presidentes.
Uma maioria de dois terços será necessária para condenar Trump.
Cerca de 20 republicanos estão abertos para condenar o presidente, informou o New York Times na terça-feira. Em nota aos colegas, McConnell disse que não havia tomado uma decisão final sobre como votaria.
Se Trump for condenado, os senadores poderão realizar outra votação para impedi-lo de concorrer a um cargo eleito novamente, o que ele indicou que planejava fazer em 2024.
Trump foi cassado pela Câmara em 2019 por causa de suas negociações com a Ucrânia, mas foi absolvido pelo Senado.
O que disse Trump
O presidente rejeitou a responsabilidade pela violência ao Capitólio. Em um vídeo divulgado pela Casa Branca após a votação, ele exortou seus apoiadores a permanecerem pacíficos, sem mencionar seu impeachment. 'Violência e vandalismo não têm lugar em nosso país', disse.
O FBI alertou sobre possíveis protestos armados planejados para Washington DC e todas as 50 capitais dos Estados Unidos nos dias anteriores à posse de Joe Biden como o novo presidente dos Estados Unidos.
Veja no vídeo abaixo divulgado pela Casa Branca, o pronunciamento de Trump após a decisão da Câmara.