Biden emite as primeiras ordens executivas como presidente

Por Arlaine Castro

Biden prorrogou a restrição de entrada de brasileiros nos EUA.

Recém-instalado na Casa Branca, Joe Biden disse que a prioridade em seu primeiro dia completo na presidência nesta quinta-feira, 21, será o combate à pandemia, que já cobrou mais de 400.000 vidas no país.

Ainda na quarta-feira, logo após ser empossado, Biden assinou suas primeiras ordens executivas: retornando com os EUA ao Acordo de Paris sobre o clima e à Organização Mundial da Saúde (OMS), além de determinar o uso obrigatório de máscaras em propriedades federais e estender a suspensão de despejos e execuções hipotecárias em âmbito nacional.

Sobre a pandemia, o democrata considera que “não há tempo a perder” na luta contra o coronavírus e planeja assinar dez decretos e outras diretivas para acelerar as campanhas de vacinação e detecção da doença.

“Por quase um ano, os americanos não puderam encontrar nenhuma estratégia, e muito menos uma abordagem integral para enfrentar a covid”, afirmou Jeff Zients, que coordena a resposta contra a pandemia do novo governo. “Tudo isso vai mudar”, disse ele à imprensa.

Biden agradeceu nesta quinta a Organização Mundial da Saúde (OMS) pelo seu papel de liderança no combate à pandemia e garantiu seu apoio financeiro, um giro de 180 graus na estratégia mantida pelo ex-presidente Donald Trump.

Os Estados Unidos, que anunciou seu retorno à OMS na quarta-feira, “tem a intenção de cumprir com suas obrigações financeiras com a organização”, afirmou o imunologista Anthony Fauci em uma reunião do conselho executivo da agência da ONU.

Biden ainda vai revogar a declaração de emergência usada por Trump para viabilizar a construção do muro na fronteira com o México, derrubar o veto à entrada de imigrantes provenientes de alguns países muçulmanos e prorrogar a suspensão do pagamento de prestações de empréstimos estudantis.

Veja os decretos já assinados pelo presidente:
algumas das medidas que Biden tomará nesta quarta:

Suspensão da construção do muro na fronteira com o México e estudo sobre como utilizar melhor o dinheiro;

Recolocação dos EUA no Acordo de Paris sobre o clima;

Devolução dos EUA à Organização Mundial da Saúde (OMS);

Fim das proibições de viagens contra pessoas de certos países de maioria muçulmana;

Revogação a autorização de Trump para construção do oleoduto Keystone XL;

Determinação que os não-cidadãos que vivam nos EUA sejam incluídos no Censo Demográfico;

Uso obrigatório de máscara e prática do distanciamento social em todos os prédios e terras federais;

Extensão das moratórias de despejo e execução hipotecária, para evitar que pessoas sejam despejadas de suas casas;

Reestruturação da coordenação de combate à pandemia do coronavírus;

Suspensão do pagamento de quem fez financiamentos estudantil até 30 de setembro para aliviar as contas de estudantes e recém-formados;

Novas ações para promover a equidade racial no governo federal;

Fortalecimento das proteções contra discriminação em local de trabalho com base em orientação sexual e identidade de gênero;
Congelamento das ações regulatórias tomadas por Trump nos últimos dias de mandato.