Congresso avança com cheques de estímulo de $1.400

A Câmara dos Representantes aprovou o mais recente projeto de lei de alívio aos danos econômicos causados pelo coronavírus. O projeto consiste em cheques diretos de US$ 1.400 por indivíduo e dependente e agora, o destino desses pagamentos será discutido no Senado, que deve começar a analisar a proposta ainda essa semana.

Os pagamentos seriam baseados nos mesmos limites de renda dos dois primeiros cheques de estímulo. Indivíduos com até US$ 75.000 de renda bruta ajustada, arrimos de família com até US$ 112.500 e casais que entram com até US$ 150.000 receberão o pagamento integral.

Entretanto, os cheques não seriam enviados para pessoas com rendas maiores que os valores descritos. Desta vez, eles seriam limitados para indivíduos que ganham US$ 100.000, chefes de família com US$ 150.000 e casais casados com US$ 200.000.

O pacote de estímulo do coronavírus está ganhando força na Câmara e no Senado, e provavelmente não terá grandes mudanças no plano, embora os números finais possam estar sujeitos a alterações.

Segundo Bill Hoagland, vice-presidente sênior do Centro de Política Bipartidária, é esperado que os republicanos questionem os gastos totais de US $ 1,9 trilhão, particularmente com relação a fundos para estados, pensões multiempregadores e ajuda não diretamente ligada à pandemia.

Entretanto, ainda segundo o vice-presidente, como os cheques de estímulo de US $ 1.400 são pagamentos únicos, não é provável que se tornem um obstáculo nas negociações.

Espera-se que a legislação seja finalizada em meados de março, quando os benefícios federais de desemprego já aplicados irão expirar.

É provável que, assim como nos dois primeiros cheques de estímulos, a maior parte dos pagamentos será enviada por meio de depósito direto para aqueles que já têm suas informações bancárias arquivadas no IRS.
Com base nos últimos cheques de US$ 600, esse dinheiro poderia começar a chegar duas semanas após a finalização da legislação.

O restante dos pagamentos diretos será enviado pelo correio, seja em cartões de débito ou cheques. Esses pagamentos podem demorar mais para chegar, potencialmente em abril e maio, explicou Garrett Watson, analista de política sênior da Tax Foundation.

Um dos motivos para o possível atraso é o fato de que o IRS estará no meio da temporada de impostos quando os pagamentos forem emitidos. Entretanto, a experiência com o pagamento de auxílios anteriores pode ajudar no processo.

O IRS informou que enviou todos os primeiros e segundos cheques de estímulo “legalmente permitidos” e agora está se concentrando na temporada de declaração de impostos. A agência tributária enviou mais de 160 milhões de cheques de estímulo de US $ 1.200 que totalizaram mais de US $ 270 bilhões. Também enviou mais de 147 milhões de pagamentos diretos de US$ 600, totalizando mais de US$ 142 bilhões.

Vale lembrar que pessoas que são elegíveis, mas não receberam os pagamentos anteriores, podem reivindicar o dinheiro por meio de um crédito de reembolso de recuperação em suas declarações fiscais.

Fonte: CNBC