Boeing 737 Max volta a apresentar problemas

Por Livia Mendes

Novo problema parece não ter relação com o que causou as falhas em 2018 e 2019

A Boeing recomendou que as companhias aéreas tirassem temporariamente o 737 Max de serviço por causa de um problema com os sistemas elétricos do avião. As companhias aéreas precisam verificar se um dos componentes do sistema elétrico do avião está suficientemente aterrado, afirmou a Boeing. A empresa disse que está trabalhando com a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos para resolver o problema.

Este é o mais recente em uma longa linha de problemas que surgiram com este avião em particular desde que dois deles caíram em 2018 e 2019, matando 346 pessoas. Após os acidentes todos os aviões ficaram suspensos por 20 meses em todo o mundo, mas a Federal Aviation Administration havia dado aprovação para a volta do serviço no ano passado.

"A Boeing recomendou a 16 clientes que tratassem de um possível problema elétrico em um grupo específico de aviões 737 Max antes de novas operações", afirmou a empresa em comunicado. Ainda segundo o comunicado, as companhias aéreas precisam verificar se um dos componentes do sistema elétrico do avião está funcionando dentro dos padrões, mas a Boeing não identificou quais 16 companhias aéreas nem quantos aviões foram afetados pelo problema.

O fato de os aviões estarem parados indica que o problema é grave, uma vez que as companhias aéreas estão ansiosas para colocar as aeronaves em operação novamente, já que essa versão do Boeing é mais eficiente no uso de combustíveis e requer menos gastos com manutenção se comparado às versões anteriores.

Companhias aéreas

A Southwest Airlines, que é a mais dependente do 737 Max nos Estados Unidos, já colocou em terra 30 aviões, enquanto a American Airlines retirou 17 de circulação e a United Airlines 16, de acordo com a Reuters. Tudo isso ocorre em um momento em que as viagens aéreas estão se recuperando em grande escala nos EUA, graças a um aumento dramático nas vacinações contra o coronavírus.

O problema afetou 16 dos 70 aviões da United e a empresa afirmou que está trabalhando para trocar as aeronaves e minimizar os impactos para os clientes. "Estamos em comunicação com a Boeing para entender o cronograma e devolver a aeronave com segurança à nossa frota. Não temos uma estimativa no momento", diz o comunicado.

A American Airlines, primeira a iniciar voos com o Max, em dezembro, comunicou que o problema não afeta os 24 jatos que a empresa já mantinha em sua frota antes da interrupção, mas envolve as 17 novas aeronaves estregues à companhia em novembro.

Fontes: The Verge e CNN