Marinha dos EUA apreende enorme depósito de armas no Mar da Arábia

Por Arlaine Castro

Milhares de armas ilícitas são exibidas a bordo do USS Monterey, cruzador de mísseis guiados da Marinha dos EUA, que foram apreendidas em águas internacionais do Mar da Arábia do Norte em 8 de maio de 2021.

A Marinha Americana apreendeu um grande carregamento ilícito de armas no Mar da Arábia do Norte na semana passada, anunciou a Quinta Frota da Marinha dos EUA, com base no Bahrein.

A informação, divulgada no domingo, diz que o cruzador de mísseis guiados USS Monterey interceptou o barco sem bandeira que navegava em águas internacionais do Mar da Arábia do Norte, perto de Omã e do Paquistão, e descobriu a carga durante um embarque de rotina em uma operação de dois dias entre 6 e 7 de maio.

Entre os armamentos apreendidos estão dezenas de mísseis antitanque russos e milhares de rifles de assalto chineses. A carga levou dois dias para ser transferida para o USS Monterey e a tripulação foi interrogada, recebeu água e comida e depois liberada, segundo a Marinha americana.

A quantidade de armas apreendida é tão grande que cobriu grande parte da cabine de comando traseira do USS Monterrey, que tem 567 pés (173 metros) de comprimento, segundo a CNN.

"O carregamento de armas incluía dezenas de mísseis guiados antitanque russos avançados, milhares de rifles de assalto chineses tipo 56, centenas de metralhadoras PKM, rifles de precisão e lançadores de granadas propelidas por foguete", segundo comunicado.

A Marinha americana acrescentou que o armamento está sob custódia dos EUA enquanto a fonte original e o destino estão sob investigação.

Origem Irã, destino Iêmen

Segundo a Associated Press, uma investigação inicial da Marinha americana aponta que o navio saiu do Irã e tinha como destino o Iêmen, para apoiar os rebeldes houthis, apesar do embargo de armas da ONU.

A missão do Irã na ONU não respondeu a um questionamento da Associated Press. O país já negou no passado ter armado os rebeldes houthis.

A apreensão é uma das várias já feitas pelos EUA durante a guerra no Iêmen, que começou em 2014 e deu origem a uma das piores crises humanitárias do mundo.