União Europeia decide não voltar com restrições a viajantes dos EUA

Por Arlaine Castro

Viajantes em aeroporto da Europa.

A União Europeia decidiu nesta segunda-feira, 9, não restabelecer as restrições de viagens não essenciais dos EUA, apesar dos novos casos da Covid-19 da população norte-americana terem excedido o limite do bloco, de acordo com pessoas familiarizadas com a revisão ao portal Bloomberg.

A situação será monitorada de perto nas próximas duas semanas, dada a rápida evolução da situação epidemiológica e considerando a rapidez da disseminação da variante delta nos EUA, disseram duas das pessoas, que pediram para não ser identificadas.

Os novos casos da Covid nos EUA aumentaram para cerca de 270 por 100.000 habitantes nos 14 dias anteriores, de acordo com dados compilados pelo Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças. O limite da UE é de 75 novos casos.

A orientação da UE é uma recomendação e qualquer decisão sobre a quem permitir a entrada e quais restrições impor, em última análise, cabe ao governo de cada estado membro.
Embora os países tenham seguido amplamente as diretrizes, houve momentos em que cada país decidiu ter suas próprias regras.

EUA

O governo Biden está desenvolvendo um plano para reabrir as fronteiras: exigir que visitantes estrangeiros possam entrar nos Estados Unidos, desde que estejam totalmente vacinados contra a COVID-19.

A medida seria parte do levantamento das restrições de viagens que impedem grande parte do mundo de entrar nos Estados Unidos, disse um funcionário da Casa Branca à Reuters no dia 4 deste mês. 

Por enquanto, oposto à reabertura da União Europeia, os Estados Unidos disseram que não revogarão nenhuma restrição de viagem atualmente em vigor devido a preocupações com a altamente contagiosa variante Delta do coronavírus e ao aumento do número de casos de Covid-19 no país, disse uma autoridade da Casa Branca à Reuters no final de julho.

Os EUA atualmente proíbem a entrada de praticamente todos os que não são cidadãos norte-americanos e que nos 14 dias anteriores estiveram no Reino Unido, nos 26 países europeus que compõem o espaço Schengen, além de Irlanda, China, Índia, África do Sul, Irã e Brasil.