Variante Lota: cepa nascida nos EUA provoca mais mortes entre adultos

Por Arlaine Castro

A Lota foi identificada na cidade de NY em novembro de 2020.

As taxas de transmissão, de mortalidade e a capacidade de escapar do sistema imunológico de uma nova variante do coronavírus é maior do que se previa. A conclusão é de um estudo realizado pelo Departamento de Saúde e Higiene Mental da Cidade de Nova York e da Escola Mailman de Saúde Pública, da Universidade de Columbia.

Chamada de Lota pelos pesquisadores, ela foi identificada pela primeira vez em novembro de 2020, na cidade de Nova York, e ainda não há casos registrados no Brasil. Apesar de ainda não ter sido revisada por pares, a pesquisa causou impacto ao demonstrar que a nova cepa pode escapar do sistema de defesa do organismo em até 10% dos casos.

Os resultados revelam que a variante tem um potencial de transmissão e escape imunológico consideravelmente maior do que as variantes circulantes anteriormente e que pode aumentar a taxa de mortalidade por infecção em 62% - 82% entre os adultos mais velhos.

Ela também tem uma taxa de letalidade semelhante à Alfa, originária do Reino Unido, sendo 60% mais mortal que a variante encontrada pela primeira vez em Wuhan, na China.

As características da variante foram traçadas por meio de um modelo matemático que calculou um número de casos e mortes aproximados da realidade. O estudo também indicou que a Lota perdeu força em Nova York a partir de março de 2021, com a chegada da Alfa. No entanto, ainda não se sabe qual será a reação dela diante da Delta.

A boa notícia, segundo informações do jornal O Globo, é que trabalhos sugerem que a Lota não é tão resistente aos tratamentos e que ela não aumenta o risco de infecções graves em pessoas vacinadas ou que já se infectaram antes. A cepa já foi encontrada em todos os 52 estados americanos e está presente em pelo menos 27 países. Com informações da AFP.