Biden autoriza US$ 500 milhões em ajuda humanitária a refugiados afegãos

Por Arlaine Castro

O dinheiro virá do "Fundo de Assistência aos Refugiados de Emergência e Migração dos Estados Unidos com a finalidade de emissão especial de vistos.

O presidente Joe Biden autorizou US $ 500 milhões em ajuda humanitária aos refugiados afegãos, de acordo com um comunicado da Casa Branca.

O dinheiro virá do "Fundo de Assistência aos Refugiados de Emergência e Migração dos Estados Unidos com a finalidade de emissão especial de vistos para atender às necessidades urgentes e inesperadas de refugiados e de migração de refugiados, vítimas de conflito e outras pessoas em risco como resultado da situação no Afeganistão, incluindo candidatos a Vistos Especiais de Imigrante ", segundo a Casa Branca.

Crise no Afeganistão

A ajuda vem depois de cenas caóticas de afegãos agarrados a aviões militares dos EUA em Cabul em uma tentativa desesperada de fugir de seu país de origem após a vitória fácil do Taleban sobre um exército afegão que os Estados Unidos e os aliados da OTAN passaram duas décadas tentando construir.

Após acordo feito em 2020 pelo então ex-presidente Donald Trump e líderes do Talibã, os EUA iriam retirar as tropas do exército até o final deste ano. Biden então seguiu o acordo e as tropas começaram a ser retiradas no último final de semana. Com isso, os prédios do governo afegão foram invadidos por talibãs, que voltam ao poder depois de 20 anos.  

Enquanto isso, Biden defendeu sua decisão de retirar as tropas dos EUA, o que deixou uma abertura para os combatentes do Talibã assumirem o controle, dizendo que a missão nunca foi sobre a construção de uma nação, mas sobre a prevenção de futuros ataques terroristas contra os Estados Unidos.

Em pronunciamento após as críticas por ter autorizado a retirada das tropas americanas, o presidente disse que teve que escolher entre aderir a um acordo previamente negociado para retirar as tropas dos EUA neste ano ou enviar milhares de militares de volta ao Afeganistão para uma "terceira década" de guerra. Biden disse que não repetirá erros do passado e não se arrependeu de sua decisão de prosseguir com a retirada.

"Isso se desenrolou mais rapidamente do que esperávamos", disse ele, acrescentando que, se as tropas dos EUA tivessem ficado mais tempo no Afeganistão, não teria feito diferença no resultado", afirmou, Biden, atribuindo a queda do Afeganistão à falha de seus próprios militares e líderes governamentais em proteger o país.

Biden delineou seu plano para avançar nas relações EUA-Afeganistão no discurso na Casa Branca.

"Continuaremos a trabalhar com o povo afegão", disse ele, enfatizando que não recorrerá à ação militar a menos que o pessoal dos EUA seja ferido. Ele disse que transportará cidadãos americanos e diplomatas para fora do Afeganistão. O Departamento de Estado está pedindo aos americanos que se abriguem e não vão ao aeroporto até ouvir o contrário das autoridades americanas.

Biden também disse que expandirá os esforços dos refugiados para ajudar famílias e civis afegãos que estão em grande risco. Ele disse que mais civis não foram evacuados antes porque alguns não estavam dispostos a fazê-lo, optando por ficar em seu país de origem. Canal Fox e Associated Press.