Casa Branca analisa fim das restrições de viagens por relação EUA-Europa

Por Arlaine Castro

Restrições de entrada nos EUA estão em vigor desde 2020.

A Casa Branca voltou a dizer que continua analisando uma política que permita que estrangeiros vacinados entrem nos Estados Unidos, já que o país enfrenta a raiva crescente das nações europeias por causa das restrições de viagens da Covid-19.

Mas por enquanto, a secretária de imprensa Jen Psaki que as novas regras não foram finalizadas e que as restrições permanecem em vigor, apesar dos danos que estão causando às relações EUA-Europa.

“Certamente entendemos e nos identificamos com isso, e sabemos que as pessoas estão ansiosas para se reunir com seus entes queridos - e isso é algo que está impactando muitas pessoas ao redor do mundo”, disse a porta-voz do governo Biden.

Falando durante um briefing diário na quarta-feira, Psaki disse que o governo está "trabalhando em todas as agências federais para desenvolver uma política de viagens internacionais consistente e segura".

"Queremos que haja requisitos padrão para que haja clareza e equidade em como o abordamos", disse ela, acrescentando que também pode incluir exigir que os estrangeiros sejam vacinados para entrar nos Estados Unidos.

"Nenhuma decisão foi tomada ainda, mas esse é um processo em andamento", disse ela. "Certamente entendemos o interesse em que seja resolvido e concluído."

Relação prejudicada

A questão evoluiu para uma grande fenda transatlântica. O presidente Joe Biden manteve proibições estritas de viagens não essenciais da Europa, mesmo com as taxas de vacinação no continente aumentando. Os líderes europeus se tornaram cada vez mais abertos em protestar contra as restrições a seus cidadãos e disseram que a questão agora está prejudicando as relações entre os EUA e a Europa.

Em tuítes na noite de terça-feira (veja no fim da matéria), os embaixadores europeus em Washington pediram coletivamente o afrouxamento das restrições.

"A proibição de viagens prejudica gravemente os laços econômicos e humanos vitais, em um momento em que são mais necessários", escreveu Stavros Lambrinidis, o embaixador da União Europeia nos Estados Unidos.

"Eu não poderia estar mais de acordo", respondeu Philippe Etienne, o embaixador francês em Washington.

“Proibir que europeus totalmente vacinados entrem na América está prejudicando as relações UE-EUA de muitas maneiras”, escreveu Daniel Mulhall, o embaixador irlandês nos EUA.

Biden assumiu o cargo prometendo restaurar alianças desgastadas, e passou grande parte de uma viagem à Europa em junho proclamando seu compromisso com os laços transatlânticos. Ele anunciou durante aquela visita uma série de forças-tarefa destinadas a examinar as viagens de reabertura, mas dois meses depois pouco resultou desses esforços.

A Europa abriu suas fronteiras para os americanos em junho, mas nesta semana reverteu o curso, removendo os Estados Unidos de uma lista segura de países cujos cidadãos estão isentos de quarentena ou requisitos de teste. De acordo com as orientações, cabe a cada país da UE decidir se permite "viagens não essenciais para a UE para viajantes totalmente vacinados". Com informações da CNN.

Com relação ao Brasil, nada foi mencionado sobre se os brasileiros entrariam nessa primeira reabertura das fronteiras, tendo em vista o número de casos, mortes e vacinação no país.