J&J pede autorização para dose de reforço de vacina contra Covid-19

Uma dose de reforço aplicada 56 dias após a dose inicial dá proteção de 94% contra casos sintomáticos da Covid e 100% contra quadros graves da doença.

Por Arlaine Castro

O estudo em estágio avançado concluiu proteção de 94%.

A Johnson & Johnson entregou dados para a Food and Drug Administration (FDA) para a autorização de uso emergencial para uma dose de reforço de sua vacina contra a Covid-19 — desenvolvida por seu braço farmacêutico, a Janssen — em pessoas com mais de 18 anos nos Estados Unidos. 

Na terça-feira (5), a J&J disse que o pedido inclui dados de um estudo em estágio avançado que concluiu que uma dose de reforço aplicada 56 dias após a dose inicial dá proteção de 94% contra casos sintomáticos da Covid nos EUA e 100% contra quadros graves da doença, ao menos 14 dias após a aplicação da dose de reforço.

Embora cientistas se dividam sobre a necessidade de doses de reforço contra a Covid em um momento em que muitas pessoas nos Estados Unidos e em outros países ainda não receberam vacinas, o governo do presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou a iniciativa de aplicação de uma dose extra em agosto para impulsionar a proteção contra a variante Delta do novo coronavírus, altamente transmissível.

Segunda dose

O pedido da J&J vem após a FDA agendar na semana passada uma reunião para o dia 15 de outubro de seu comitê de especialistas para discutir se autoriza uma segunda dose da vacina de dose única da companhia.

A FDA já autorizou uma dose de reforço da vacina desenvolvida pela Pfizer em parceria com a BioNTech para pessoas com mais de 65 anos, pessoas com alto risco de contraírem formas graves da doença e as que são regularmente expostas ao vírus.

A Pfizer também pediu à FDA que amplie essa autorização para todas as pessoas com mais de 16 anos, mas a agência decidiu limitar o alcance da autorização alegando que as evidências mostraram que o reforço é benéfico para os mais velhos e para as pessoas expostas a maior risco.

A J&J disse que pretende entregar os dados para outros órgãos reguladores, para a Organização Mundial de Saúde (OMS) e para os Grupos de Aconselhamento Técnico da Imunização Nacional. Fonte: Reuters.