Ciclone bomba gera alerta na costa oeste dos EUA

Um ciclone bomba que se formou na costa oeste dos Estados Unidos no final de semana afetou partes da Califórnia e outros estados e deve continuar a provocar fortes tempestades na região durante esta semana.

A tempestade foi a última de uma série de tempestades no Oceano Pacífico que, junto com um rio de umidade atmosférica, veio impactando desde a Colúmbia Britânica, no Canadá, até partes do sul da Califórnia desde meados da semana passada.

De acordo com o USA Today, parte da Califórnia já está enfrentando enchentes, inundações e deslizamentos de terra após uma série de tempestades violentas. Ordens de evacuação foram emitidas em regiões como Santa Bárbara.

O poderoso sistema que afeta o noroeste do Pacífico produziu alturas de ondas na costa de até 12 metros, de acordo com dados do Ocean Prediction Center.

Além do ciclone, a Califórnia também deve enfrentar um raro evento, chamado rio atmosférico, que é capaz de produzir chuvas notáveis por longos períodos, quebrando alguns recordes históricos de precipitação em 24 horas.

Desde domingo, os impactos das tempestades no noroeste do Pacífico deixaram mais de 160.000 clientes na Califórnia sem energia elétrica. Cerca de 28.000 interrupções foram relatadas em Oregon e 109.000 tiveram corte de energia em Washington, de acordo com PowerOutage.us.

Segundo o National Weather Service, a previsão é que a pressão mínima central do ciclone chegue até 942 hPa, um valor que corresponde ao de um furacão categoria 3 em ciclone tropical no Atlântico, de acordo com a MetSul.

Ainda, de acordo com levantamento Serviço Nacional de Meteorologia, este pode ser o ciclone mais intenso na área. Até então, o ciclone pós-tropical Harriet, de 1977, havia sido o recordista de mais forte, com pressão central mínima de 943 hPa, um pouco acima da previsão para o fenômeno atual.

O ciclone bomba é definido por um poderoso sistema de baixa pressão que se intensifica rapidamente.

Quanto menor a pressão, maior será a sua força e, consequentemente, maiores as consequências, como o aumento de chuvas, ventos e neve - em lugares de altitudes elevadas. Com isso, a previsão é a de surjam mais inundações, deslizamentos e nevascas na costa nos próximos dias.