Pfizer e BioNTech afirmam que três doses da vacina neutralizam ômicron

Por Arlaine Castro

Rio antecipa 2° dose da vacina Pfizer para quem tem 17 anos ou mais

As fabricantes BioNTech e Pfizer disseram nesta quarta-feira, 8, que estudos preliminares demonstram que três doses de sua vacina contra a Covid-19 neutralizam a variante ômicron. Segundo as empresas, o resultado obtido um mês após a terceira dose é comparável ao observado após duas doses contra a cepa original.

No comunicado, as fabricantes explicaram que duas doses da vacina resultaram em anticorpos neutralizantes significativamente mais baixos, mas que uma terceira dose aumenta os anticorpos em 25 vezes.

A Pfizer e BioNTech alertam que, mesmo com a queda dos anticorpos neutralizantes após duas doses, a vacina segue protegendo contra as formas graves da doença. Elas também informam que estão monitorando de perto a efetividade da vacina no mundo real contra a nova variante.

“Embora duas doses da vacina ainda possam oferecer proteção contra forma grave causada pela cepa ômicron, a partir desses dados preliminares está claro que a proteção é melhorada com uma terceira dose”, disse Albert Bourla, presidente e CEO da Pfizer.

As empresas continuarão a coletar mais dados de laboratório. Eles acrescentaram que, se necessário, podem entregar uma vacina adaptada para a nova variante em março de 2022.

A variante omicron de rápida disseminação já foi relatada em 50 países e 19 estados americanos, disse a Dra. Rochelle Walensky, diretora dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças. Ela acrescentou ainda que esse número deve continuar a aumentar.

Os estados que detectaram a variante vão do Havaí ao Texas e Massachusetts. Os relatórios são parte de um novo aumento de casos COVID-19 nos EUA que agora chega a 100.000 casos por dia.

Três doses no Brasil

A Pfizer é a segunda vacina mais aplicada no Brasil, com 33,5% das doses administradas, segundo dados do Ministério da Saúde. Em primeiro lugar vem a de Oxford/AstraZeneca, com 37,5% das doses. Em terceiro vem a CoronaVac, com 27,4% das doses; por último está a vacina da Janssen/Johnson, que representa 1,6% das doses aplicadas.

Em novembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou inclusão da dose de reforço da Pfizer na bula. A dose de reforço é indicada para maiores de 18 anos e deve ser aplicada seis meses depois do esquema vacinal completo (duas doses). Também em novembro, o Ministério da Saúde liberou a dose de reforço para todas as pessoas maiores de 18 anos.

Para ler o relatório da Pfizer, clique aqui