FDA aprova dose de reforço da vacina da Pfizer para adolescentes

Por Arlaine Castro

A vacina Pfizer é a única opção nos EUA para menores de 18 anos, seja para vacinação inicial ou para uso como reforço.

A Food and Drug Administration (FDA) autorizou a dose de reforço única da vacina da Pfizer-BioNTech contra a covid-19 para adolescentes entre 16 e 17 anos, seis meses depois do primeiro ciclo de vacinação, anunciou o órgão nesta quinta-feira, 9.

"A vacinação e a obtenção de um reforço quando elegível, junto com outras medidas preventivas como mascarar e evitar grandes multidões e espaços mal ventilados, continuam sendo nossos métodos mais eficazes para combater a covid-19", disse a Comissária em exercício da FDA, Janet Woodcock. "Com as variantes delta e Ômicron continuando a se espalhar, a vacinação continua sendo a melhor proteção contra covid-19".

A decisão do FDA de dar uma dose única de reforço da vacina Pfizer-BioNTech para indivíduos de 16 e 17 anos de idade é baseada na análise anterior do FDA de dados de resposta imunológica que apoiavam o uso de uma dose de reforço em indivíduos com 18 anos de idade ou mais, diz o comunicado

Os EUA e muitas outras nações já estavam pedindo aos adultos que tomem doses de reforço para aumentar a imunidade que pode diminuir meses após a vacinação, apelos que se intensificaram com a descoberta da nova e preocupante variante.

A vacina Pfizer é a única opção nos EUA para menores de 18 anos, seja para vacinação inicial ou para uso como reforço. Ainda não está claro se ou quando os adolescentes com menos de 16 anos podem precisar de uma terceira dose da Pfizer.

A vacinação para crianças a partir dos 5 anos começou no mês passado, com injeções especiais da Pfizer em baixas doses. Nesta semana, cerca de 5 milhões de crianças de 5 a 11 anos receberam a primeira dose.

A variante delta extra-contagiosa está causando quase todas as infecções por COVID-19 nos EUA e em grande parte do mundo. Ainda não está claro como as vacinas irão resistir à ômicron. Mas há fortes evidências de que a dose extra oferece um salto na proteção contra infecções causadas por delta, atualmente a maior ameaça.

A vacina da Pfizer - e uma vacina semelhante feita pela Moderna - foram associadas a um efeito colateral raro. Chamada de miocardite, é um tipo de inflamação do coração observada principalmente em homens mais jovens e meninos adolescentes.

Acerca do assunto, um estudo nos EUA esta semana ofereceu uma garantia adicional. Pesquisadores de hospitais infantis de todo o país verificaram registros médicos e descobriram que o efeito colateral raro geralmente é leve e as pessoas se recuperam rapidamente. A pesquisa foi publicada segunda-feira na revista Circulation. Com informações da Associated Press. 

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