Brasileiro pode pegar mais de 20 anos de prisão por fraudar contas da Uber e Lyft nos EUA

Por Arlaine Castro

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O brasileiro Flávio Cândido da Silva, 36, morador de Malden, em Massachusetts, pode pegar mais de 20 anos de prisão por fraude eletrônica e roubo de identidade qualificado envolvendo os aplicativos Uber e Lyft. As informações são do Departamento de Justiça dos EUA.

Silva declarou-se culpado na sexta-feira, 17 de dezembro, em uma corte federal de Boston. Segundo a acusação, ele chefiava uma quadrilha que usava identidades roubadas e documentos falsificados para criar contas falsas de motorista em aplicativos de entregas e viagem como Uber, Lyft e Doordash.

Eles usavam as informações de identificação das vítimas para solicitar contas de motorista com as empresas de caronas e entregas - permitindo que passassem pelas verificações de antecedentes exigidas por essas empresas e criassem contas de motorista em nome das vítimas.

As contas eram alugadas ou vendidas para pessoas que não tinham licença para dirigir nos EUA. Também é alegado que os réus usaram as contas falsas para explorar programas de bônus oferecidos pelas empresas de aplicativos aumentando o ganho para o motorista.

O julgamento será no dia 22 de abril do ano que vem. Se condenado, ele poderá pegar mais de 20 anos de prisão e multa de $250 mil. Na confissão, ele admitiu ter comprado as identidades roubadas na dark web, espécie de endereço oculto na internet.

Silva chefiava uma quadrilha de 19 pessoas, a maioria brasileiros, dos quais 16 estão presos e três são procurados. Segundo o Departamento de Justiça, entre junho de 2019 e dezembro de 2020, ele recebeu aproximadamente $200 mil com os golpes aplicados em cerca de duas mil pessoas.

“Esses indivíduos arrastaram milhares de pessoas inocentes neste golpe, roubando suas identidades e colocando ao volante pessoas que não poderiam conseguir empregos nessas empresas “, disse Joseph R. Bonavolonta, agente especial do FBI em Boston.

A acusação de conspiração para cometer fraude eletrônica prevê uma pena de até 20 anos de prisão, três anos de libertação supervisionada e uma multa de $ 250.000 ou duas vezes o ganho bruto ou perda do crime, o que for maior. A acusação de roubo qualificado de identidade prevê uma pena de pelo menos dois anos de prisão a serem cumpridas consecutivamente a qualquer outra pena imposta.

Se você acredita que pode ser vítima das alegações neste caso, visite: https://www.justice.gov/usao-ma/victim-and-witness-assistance-program/us-v-wemerson-dutra -aguiar-and-us-v-priscila-barbosa-et-al.