12 estados dos EUA restauraram emprego aos níveis pré-Covid

Arizona, Flórida, Utah, Wisconsin e Oregon recuperaram mais empregos, de acordo com dados de dezembro divulgados pelo Bureau of Labor Statistics.

Por Arlaine Castro

Mais estados já registram queda no índice de desemprego em 2022.

O mercado de trabalho dos Estados Unidos ainda não se recuperou totalmente. Mas alguns estados já estão voltando ao normal e recuperando totalmente os empregos perdidos durante a pandemia.

O emprego está de volta aos níveis pré-pandemia ou acima em uma dúzia de estados. Em comparação com fevereiro de 2020, o Arizona adicionou o maior número de empregos não agrícolas em suas folhas de pagamento, seguido por Flórida, Utah, Wisconsin e Oregon, de acordo com dados de dezembro divulgados na terça-feira, 25, pelo Bureau of Labor Statistics.

As taxas nos 12 estados a seguir estabeleceram mínimas da série, segundo o Departamento: 

Arkansas (3,1%), Geórgia (2,6%), Idaho (2,4%), Indiana (2,7%), Kentucky (3,9%), Mississippi (4,5%), Montana (2,5%), Nebraska (1,7%), Oklahoma (2,3%), Utah (1,9%), West Virginia (3,7%) e Wisconsin (2,8%).

Já Califórnia e Nevada tiveram as maiores taxas de desemprego, 6,5% e 6,4%, respectivamente.

Em mais 20 estados, além do Distrito de Columbia, as folhas de pagamento estão a 50.000 empregos de recuperação.

Os estados restantes estão perdendo coletivamente cerca de 3,5 milhões de empregos, concentrados em três dos estados mais populosos - Califórnia, Nova York e Pensilvânia - além de Michigan. Somente a Califórnia está cerca de 750.000 abaixo do nível pré-Covid.

Em novembro, Texas e Arizona se juntaram a Utah e Idaho na recuperação de todas as perdas de empregos na pandemia, de acordo com um relatório da agência de classificação Fitch.

Isso destaca o quão desigual a recuperação tem sido. Os estados que foram mais afetados pelas ondas da pandemia e tiveram restrições mais rígidas para combater o surto estão atrasados na recuperação.

Após perdas recordes de empregos no início da pandemia, quase todos os estados recuperaram pelo menos metade dos empregos perdidos, com exceção do Havaí e Wyoming, segundo a Fitch.

Estados como o Havaí, que depende do turismo, ainda estão paralisados pela pandemia. Enquanto isso, Nova York tem uma economia mais diversificada, mas foi um epicentro do surto logo no início da crise da saúde, que está deixando marcas.

A Flórida já retornou com mais de 90% dos empregos perdidos, segundo o Departamento de Oportunidades Econômicas do estado. 

No geral, a economia dos EUA adicionou 249.000 empregos em novembro – um número decepcionante em comparação com as previsões. Mas o relatório de empregos daquele mês ainda mostrou sinais de recuperação, incluindo uma queda na taxa de desemprego e uma taxa de participação da força de trabalho ligeiramente mais alta.

O fator-chave sobre novembro, no entanto, foi que a variante ômicron do coronavírus ainda não tinha pesado na recuperação. Os casos de Covid aumentaram novamente no final do ano devido à variante altamente infecciosa, levando as empresas a lutarem quando tiveram mais funcionários doentes.

O crescimento populacional e a migração pandêmica ajudam a explicar os dados. De acordo com o censo de dezembro, 8.600 pessoas com mais de 16 anos deixaram o estado de Nova York todos os meses nos últimos 22 meses.

Em contraste, a população cresceu no Texas, Flórida e Arizona. O ganho líquido no Texas equivale a mais de 950 pessoas por dia durante o período. Com informações do Bloomberg.