Cinco irmãos brasileiros são adotados por família do Tennessee

Por Arlaine Castro

Os irmãos têm entre 5 e 13 anos.

Cinco irmãos do Distrito Federal foram adotados juntos por uma família americana do Tennessee. Depois de viverem durante quatro anos na Casa da Criança Batuíra, na Ceilândia, periferia de Brasília, eles foram adotados e trazidos para os Estados Unidos na primeira quinzena de janeiro.

Em nota, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios informou que o processo da adoção internacional dos irmãos – três meninos, de 9, 10 e 13 anos, e duas meninas, de 5 e 7 anos — foi conduzido pela Comissão Distrital Judiciária de Adoção do TJDFT (CDJA), que contou também com a atuação do organismo internacional Lifeline Children's Services.

“Geralmente trabalhamos com casais sem filhos. Contudo, nesse caso, o casal já tinha outros quatro filhos, e mesmo assim não houve dúvidas quanto ao engajamento no processo de adoção”, conta Thaís Botelho, assistente social e secretária executiva da CDJA, que também informou que todo o trâmite seguiu o que determina o Estatuto da Criança e do Adolescente.

“Observamos que a experiência prévia da maternidade e da paternidade parece ter tornado o estabelecimento de vínculos mais fácil e natural. O casal demonstrou habilidade para atender às diferentes demandas que surgiram e ainda para conduzir as tarefas cotidianas, sempre de modo afetivo e disponível para a aproximação e vinculação com as crianças”, avalia a assistente social.

Um dos filhos do casal, de 22 anos, também veio para o estágio de convivência. “E sua participação foi muito positiva e contribuiu para o sucesso do projeto adotivo”, afirma.

De acordo com a CDJA, no processo de adoção dos cinco irmãos, foram realizados 14 encontros de preparação antes da chegada dos adotantes e outros 10 durante o estágio de convivência com a família no Brasil. A equipe tem o compromisso de se dedicar semanalmente à construção do vínculo entre os envolvidos, visto que os encontros de preparação são semanais. “Esse é um período muito intenso e que exige dedicação da equipe técnica”, observa Thaís Botelho.