Kremlin diz que EUA declararam guerra econômica à Rússia

O presidente Vladimir Putin se reunirá com seu governo com o intuito de encontrar formas que minimizem o impacto das sanções.

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Presidente Biden suspendeu importação de petróleo da Rússia.

O Kremlin disse na quarta-feira (9) que os Estados Unidos declararam guerra econômica à Rússia e que Moscou pensaria seriamente sobre o que fazer depois que o presidente Joe Biden, impôs uma proibição ao petróleo russo e outras importações de energia.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a Rússia foi, é e será um fornecedor de energia confiável e apontou que os fluxos de energia continuam.

"Mas você vê a 'bacanal', a 'bacanal' hostil, que o Ocidente semeou - e isso, claro, torna a situação muito difícil e nos obriga a pensar seriamente", disse Peskov.

"Os Estados Unidos definitivamente declararam guerra econômica contra a Rússia e estão travando essa guerra", disse ele.

Peskov se recusou a dar detalhes de como essa resposta será dada, porém, de acordo com o Kremlin, haverá uma reunião entre o presidente, Vladimir Putin, e o governo na próxima quinta-feira com o intuito de encontrar formas que minimizem o impacto das sanções.

A economia do país passa pela sua maior crise econômica desde o fim da União Soviética, em 1991, depois que o Ocidente vem aplicando uma série de sanções a quase todo o sistema financeiro e corporativo russo após a invasão à Ucrânia.

De acordo com Putin, a "operação militar especial" na Ucrânia é essencial para garantir a segurança da Rússia na região depois que os Estados Unidos e a Otan ampliaram a expansão em direção ao leste europeu e apoiaram líderes pró-ocidentais em Kiev. A China, segunda maior economia mundial que tem se aproximado economicamente da Rússia, pediu por moderação, ao mesmo tempo que o presidente, Xi Jinping, alertou que as sanções irão desacelerar a economia global. Em resposta, o vice-conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Daleep Singh, disse que a guerra é "uma grande e desnecessária agressão e que os Estados Unidos avisaram desde o princípio que os custos aumentariam à medida que a agressão continuasse". Com informações da CNN Business e Reuters.