Brasileiro da CA é acusado de matar ex-namorada durante viagem a Belo Horizonte (MG)

Por Arlaine Castro

Emily Luiza Ferreti Fernandes, 25 anos, foi morta a facadas pelo ex-namorado Thales Tomás do Vale, que mora na Califórnia.

Uma jovem de 25 anos foi assassinada a facadas pelo ex-namorado na última quinta-feira (4), em Belo Horizonte. A vítima foi identificada como Emily Luíza Ferrete Fernandes e o acusado pelo crime é o ex-namorado da vítima, Thales Tomás do Vale, de 29 anos, que tem cidadania americana e vive na Califórnia.

Ele teria ido para Minas Gerais há cerca de um mês e foi até a casa onde Emily morava, na região do Barreiro, em Belo Horizonte. Ele a agrediu a facadas na frente do irmão, que tentou socorrê-la, mas também acabou ferido.

Emily foi atingida com dez golpes de facão, segundo o jornal Estado de Minas. “Escutei ele pedindo desculpas pra minha irmã, ela não aceitou e foi a hora que ele entrou e eu fui pegar um pedaço de pau. Ele começou a desferir os golpes contra ela, muitas facadas, caiu no chão, eu tentei cair por cima dele, bati nele também, tanto que ele até me desferiu golpes”, lembrou Kairos Gabriel, irmão que estava com Emily no momento do crime e tentou salvá-la.

O acusado foi preso na manhã de sexta (5), próximo ao local do crime. Ele tinha um histórico de violência e chegou a criar um perfil falso nas redes sociais para postar fotos íntimas de Emily, como chantagem para tentar convencê-la a retomar o namoro que durou cerca de seis meses.

O pai da vítima, Julei Anderson Fernandes, revelou que a jovem esteve com o ex-namorado um dia antes do crime, na última quarta (3), quando ele apresentou um comportamento agressivo e ela fez um boletim de ocorrência contra ele. 

"Me falavam que o relacionamento era muito conturbado, que ele era agressivo, já tinha medida protetiva, B.O. contra ele... Fiquei sabendo que ontem ele a agrediu e quebrou o celular dela", disse ao Estado de Minas.

Em audiência de custódia realizada por videoconferência a juíza declarou que o acusado “tem personalidade violenta”. A magistrada ressaltou que Thales teve uma “progressão criminosa”, pois já havia ameaçado a vítima. “Sua liberdade coloca em risco real não só a ordem pública, mas também a instrução criminal, em especial, da segunda vítima (o irmão), que por pouco não perdeu sua vida nas mãos do autuado”.