Universidade de Michigan chega a acordo de US$ 490 milhões em casos de abuso sexual

Por Arlaine Castro

Mais de 1.000 pessoas que alegaram agressão sexual por um ex-médico esportivo da instituição.

A Universidade de Michigan informou que fechou um acordo de US$ 490 milhões com mais de 1.000 pessoas que alegaram agressão sexual por um ex-médico esportivo da instituição. O processo foi finalizado na sexta-feira, 17.

O médico acusado era Robert Anderson, do time de futebol e de outros programas esportivos da universidade, onde trabalhou de 1966 até sua aposentadoria em 2003. Ele morreu em 2008. A maioria das vítimas era do sexo masculino.

A universidade disse que o acordo obteve a aprovação de 98% dos requerentes. O valor será dividido entre as vítimas, conforme foi decidido pelos reclamantes e seus advogados.

“A Universidade de Michigan oferece suas sinceras desculpas pelo abuso perpetrado pelo falecido Robert Anderson. Esperamos que este acordo ajude no processo de cura dos sobreviventes”, disse Paul Brown, presidente do conselho administrativo da universidade, em um comunicado.

Em janeiro, a universidade disse que o acordo, que representou o culminar de anos de negociações com os advogados das vítimas, resolveria todas as alegações de abuso por parte de Anderson.

A instituição disse na época que US$ 460 milhões serão pagos a 1.050 reclamantes e US$ 30 milhões colocados em reserva para quaisquer vítimas não identificadas que se apresentem até 31 de julho de 2023.

O acordo de Anderson é comparável ao acordo de US$ 500 milhões para ginastas da Michigan State University recebidos por seu abuso por Larry Nassar. No entanto, esse caso envolveu cerca de metade dos queixosos, de modo que o pagamento médio aos sobreviventes de Anderson também é cerca de metade. Fonte: CNN.