Jovem que diz ser Madeleine McCann é ameaçada de morte e vem para os EUA

Por Arlaine Castro

Julia Faustyna, 21 anos, acreditava ser a menina desaparecida em 2007.

Julia Faustyna foi trazida para os Estados Unidos pela detetive particular Fia Johansson após ter recebido ameaças de morte. A jovem, que acreditava ser Madeleine McCann, vivia na Polônia quando decidiu questionar sua real identidade.

A história que ela compartilhou nas redes ganhou visibilidade, e Julia passou a receber tanto mensagens de quem acredita que ela seja a garota que desapareceu em 2007 durante uma viagem em família quanto críticas e intimidações. A família McCann nunca se pronunciou oficialmente sobre o assunto.

A jovem recebeu mensagens de um desconhecido que afirmava existir uma recompensa de 30 mil libras, cerca de R$ 185 mil, pela "cabeça dela".

Por causa de situação de exposição e risco, Fia decidiu tirá-la da Polônia e encontrar um lugar para que as polonesa morasse, em território americano.

A Polícia da Polônia descartou a possibilidade de que Julia seja, de fato, Madeleine. A investigação oficial conduzida após a repercussão do caso já reúne provas suficientes de que a jovem mentiu ao alegar que seria McCain.

"Os inimigos têm atacado Julia desde que ela se apresentou. A situação na Polônia é que ela não tem ninguém. A família dela não fala com ela. Tendo passado um tempo com Julia e investigando isso, não acho que ela esteja mentindo ou inventando coisas para os seguidores, tudo o que ela diz parece ser real.", disse a detetive ao tabloide The Sun.

Ao chegar nos EUA, em um vídeo postado no Instagram, Julia aparece dizendo que está se sentindo "como um anjo" agora que está em solo americano e agradece ao país pela sensação de segurança.

Fia disse que já trabalhou com casos semelhantes, tendo ajudado a localizar corpos de pessoas desaparecidas, resolvido casos arquivados e até mesmo libertado da prisão pessoas condenadas injustamente.

"Ela diz que foi abusada quando criança, e encontramos evidências no tribunal de que ela foi abusada entre 2011 e 2012. Ela tem muitas perguntas sobre seu passado e pediu ajuda. Estamos abertos a todas as possibilidades", explicou.

A detetive particular ainda ressaltou que, mesmo que Julia não seja Madeleine, ela ainda pode ser outra pessoa desaparecida, porque ainda existem muitas irregularidades em seu passado, e a falta de colaboração dos envolvidos levanta suspeitas.

"Pedimos a sua família um teste de DNA, mas sua mãe a bloqueou, e eles se recusaram a atender a nossas ligações", disse. "Também fomos à polícia da Polônia para falar sobre a possibilidade de Julia ser Madeleine McCann, mas eles disseram que não têm acesso aos dados do caso. Autoridades portuguesas teriam que obrigar a Polônia a olhar para isso. Portanto, ninguém pode dizer ainda se ela é ou não Madeleine", concluiu.

No mês passado, surgiu uma nova teoria de que Faustyna pode de fato ser outra criança desaparecida - a garota suíça Livia Schepp.

As gêmeas Alessia e Livia Schepp tinham seis anos quando foram sequestradas da Suíça em 2011 por seu pai, que cometeu suicídio na Itália dias depois. Quando a polícia encontrou o corpo, não havia sinal das meninas.

Agora, nos Estados Unidos, a investigadora continuará a trabalhar com Julia. A família da garota nega as acusações e lamenta o caso, afirmando que a filha sofre de distúrbios mentais.