Modelo brasileira é morta em abordagem policial na Califórnia

Gleise Graciela Firmiano, de 30 anos, morreu após ser baleada em uma abordagem policial na Califórnia no dia 30 de janeiro.

Por Arlaine Castro

Gleise Graciela Firmiano, de 30 anos, morreu após ser baleada em uma abordagem policial na Califórnia no dia 30 de janeiro.

A modelo brasileira Gleise Graciela Firmiano, de 30 anos, morreu após ser baleada em uma abordagem policial na Califórnia. O fato aconteceu no dia 30 de janeiro, mas a família, que mora em Sergipe, só foi avisada pela polícia 10 dias depois e ainda tenta levar o corpo para o Brasil.

Os oficiais do xerife do condado de San Bernardino identificaram Gleise Firmiano como a mulher morta a tiros ao longo de Maple Hill Trails na comunidade não incorporada de Sugarloaf, uma área residencial da comunidade não incorporada a menos de 1,6 km ao sul de Big Bear City.

De acordo com a polícia, foi feito um chamado às 13h37 de 30 de janeiro por causa de uma briga doméstica no bloco 800 de South Spruce Lane.Quando os policiais chegaram, souberam que uma mulher envolvida na briga havia saído recentemente de casa em um veículo com uma arma de fogo.

Ao vasculhar a área, os policiais encontraram o veículo desocupado estacionado em Maple Hill Trails, ao norte da residência. Ele continuaram a busca numa área da trilha, encontraram a brasileira com uma arma de fogo e, em seguida, atiraram e a mataram.

Segundo relato da família à TV Sergipe, ela teve uma briga com o namorado, que é americano, pegou o carro e o cachorro e saiu de casa armada. Quando a modelo foi encontrada, durante a abordagem, ela colocou a mão na arma e os policiais atiraram.

“O policial disse que minha irmã foi assassinada na Califórnia pela própria polícia. Após a briga, o namorado chamou a polícia pedindo ajuda, os policiais encontraram ela perto de uma árvore próxima ao carro e ao cachorro. Quando os policiais chegaram, ela botou a mão na arma e os policiais atiraram. Esse foi o relato do policial ao telefone”, disse Cleane Firmiano, irmã.

“Perguntei a ele, porquê ele tinha chamado a polícia. Ele disse que ficou com medo de que ela fizesse uma besteira”, contou Cleane.

A própria polícia disse que tudo indica que ela não chegou a atirar nos policiais para ter sido baleada. A porta-voz do xerife, Gloria Huerta, disse ao Daily Press: "Neste ponto da investigação, os investigadores não acreditam que a suspeita atirou nos policiais".

A Divisão de Investigações Especializadas do Xerife assumiu a investigação.

Traslado do corpo

Mais de um mês depois da morte da modelo, o corpo permanece na Califórnia. A família não tem recursos para levar o corpo da modelo para o Brasil e criou uma campanha para arrecadar os custos, que giram em torno de R$ 72 mil.

A família pediu ajuda ao governo federal, mas o Ministério das Relações Exteriores (MRE), por meio do Consulado de Los Angeles, informou que não dispõe de orçamento público para custear o traslado.