FDA quer proibir aditivo em bebidas esportivas e refrigerantes

Por Arlaine Castro

O óleo vegetal bromado é um aditivo alimentar usado principalmente em bebidas, mas tem ligação com riscos potenciais à saúde, incluindo danos ao fígado, coração e cérebro.

A Food and Drug Administration propôs na quinta-feira, 2, proibir o uso de óleo vegetal bromado em bebidas esportivas e refrigerantes.

O óleo vegetal bromado é um aditivo alimentar usado principalmente em bebidas esportivas e refrigerantes com sabor de frutas para evitar a separação dos ingredientes. Contém bromo, um elemento que poder ser nocivo à saúde.

O ingrediente alimentar já foi amplamente utilizado em bebidas populares como Gatorade e Mountain Dew, mas foi lentamente eliminado devido à sua ligação com riscos potenciais à saúde, incluindo danos ao fígado, coração e cérebro.

Embora muitas grandes marcas de bebidas, incluindo Coca-Cola e Pepsi, já tenham parado de usar o ingrediente em seus produtos, ele ainda pode ser encontrado em marcas menores de supermercados e em algumas bebidas regionais populares, como o refrigerante com sabor cítrico Sun Drop.

A União Europeia e o Japão proíbem o uso do ingrediente em alimentos e bebidas.

No mês passado, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, assinou um projeto de lei que proibia quatro aditivos alimentares, incluindo óleo vegetal bromado, tornando-se o primeiro estado a proibir produtos químicos que ainda são permitidos pelo FDA.

Na quinta-feira, a FDA disse ter concluído que o óleo vegetal bromado não é mais seguro para uso depois que estudos em roedores descobriram que o ingrediente é tóxico para a tireoide, uma glândula que desempenha um papel fundamental na regulação da pressão arterial, da frequência cardíaca e do metabolismo. Estudos anteriores também mostraram que pode ser potencialmente prejudicial ao fígado, ao coração e causar problemas neurológicos.

A FDA disse que aceitará comentários públicos sobre a regra proposta até 17 de janeiro. Se a proibição for aprovada, a agência disse que dará aos fabricantes de bebidas pelo menos um ano para reformularem ou reetiquetarem os seus produtos antes de aplicarem a nova regra.

A agência também está reavaliando o risco potencial de câncer do corante vermelho nº 3, um corante alimentar sintético que também foi incluído na proibição de aditivos alimentares na Califórnia.