Parentes dos irmãos Menendez se unem para solicitar nova sentença

Lyle e Erik Menendez estão cumprindo prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional

Por Lara Barth

Lyle e Erik Menendez cumprem prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional

Mais de 20 parentes de Lyle e Erik Menendez se uniram em Los Angeles na quarta-feira (16) para pedir ao promotor distrital que recomende que os irmãos — que atualmente estão cumprindo prisão perpétua atrás das grades — sejam novamente sentenciados.

Entre os apoiadores esperados para falar na entrevista coletiva estão a tia dos irmãos, seus primos e a atriz e comediante Rosie O'Donnell, que visitou os irmãos na prisão.

Em agosto de 1989, Lyle Menendez, então com 21 anos, e Erik Menendez, então com 18, atiraram e mataram seus pais, Jose e Kitty Menendez, na casa da família em Beverly Hills.

Os promotores alegaram que Lyle e Erik Menendez mataram seus pais ricos para ganho financeiro, enquanto a defesa argumentou que os irmãos agiram em legítima defesa após suportar anos de abuso sexual por seu pai.

Os primeiros julgamentos dos irmãos terminaram em anulação. Em 1996, no final de um segundo julgamento — no qual o juiz barrou muitas das evidências de abuso sexual — Lyle e Erik Menendez foram condenados por assassinato em primeiro grau e sentenciados a duas penas consecutivas de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.

Agora, os irmãos têm dois caminhos para uma potencial liberdade.

Um caminho depende do promotor público do Condado de Los Angeles, George Gascón, pedir uma nova sentença, com base em fatores como reabilitação.

O outro caminho é uma nova evidência que o escritório de Gascón está avaliando: alegações de um membro da boy band Menudo que disse ter sido molestado por Jose Menendez, e uma carta que Erik Menendez escreveu a um primo, oito meses antes dos assassinatos, detalhando seu suposto abuso.

O primo de Erik Menendez testemunhou sobre o suposto abuso no julgamento, mas a carta de Erik Menendez — que teria corroborado o testemunho do primo — não foi descoberta até vários anos atrás, de acordo com o advogado dos irmãos, Mark Geragos.

"Dada a totalidade das circunstâncias, não acho que eles mereçam ficar na prisão até morrerem", disse Gascón à ABC News.

Gascón disse que planeja tomar sua decisão de nova sentença neste mês. Se Gascón recomendar nova sentença, sua recomendação irá para um juiz para decidir se os irmãos serão soltos, receberão uma sentença menor ou terão um novo julgamento.

Fonte: ABC News