Sindicato Teamsters inicia 'maior greve' contra a Amazon, acusando a empresa de 'ganância insaciável'
O movimento ocorre após o sindicato alegar que a Amazon se recusou a negociar com os trabalhadores
Os Teamsters anunciaram que os trabalhadores começarão a greve nas instalações da Amazon em todo o país nesta quinta-feira (19) de manhã — o que o sindicato chama de "maior greve contra a Amazon na história dos EUA", menos de uma semana antes do Natal.
A greve começará nas primeiras horas de quinta-feira em várias instalações, incluindo em Nova York, Atlanta, três locais no Sul da Califórnia, um em San Francisco e um em Skokie, Illinois. Além disso, os Teamsters disseram que sindicatos locais também organizarão linhas de piquete primárias em centenas de Centros de Distribuição da Amazon em todo o país.
Em um comunicado, o sindicato classificou a ação como a "maior greve contra a Amazon na história dos EUA" e afirmou que isso ocorre após a empresa se recusar a negociar com os trabalhadores organizados pelos Teamsters.
"Se o seu pacote for atrasado durante as festas, você pode culpar a ganância insaciável da Amazon", disse o presidente geral dos Teamsters, Sean M. O'Brien, em uma declaração. "Demos à Amazon um prazo claro para se sentar à mesa e fazer a coisa certa pelos nossos membros. Eles ignoraram isso."
Em resposta a uma declaração à ABC News, um porta-voz da Amazon disse que os Teamsters coagiram ilegalmente os trabalhadores a se juntar ao sindicato.
"Há mais de um ano, os Teamsters continuam a enganar o público, alegando representar 'milhares de funcionários e motoristas da Amazon'. Eles não representam e isso é mais uma tentativa de espalhar uma narrativa falsa", disse a porta-voz da Amazon, Kelly Nantel. "A verdade é que os Teamsters ativamente ameaçaram, intimidaram e tentaram coagir os empregados da Amazon e motoristas terceirizados a se juntarem a eles, o que é ilegal e é o objeto de várias acusações pendentes de práticas trabalhistas injustas contra o sindicato."
A porta-voz também afirmou que a empresa aumentou o salário mínimo inicial para trabalhadores nos centros de distribuição e funcionários do setor de transporte em 20%, e em setembro aumentou o salário base médio para US$ 22 por hora.
A greve anunciada pelos Teamsters ocorre após trabalhadores de várias instalações da Amazon autorizarem a paralisação.
Os Teamsters informaram que quase 10.000 trabalhadores da Amazon em todo o país se uniram ao sindicato. A instalação na Staten Island, em Nova York, foi o primeiro armazém da Amazon a ser sindicalizado. Os trabalhadores lá afirmam que a empresa se recusou a reconhecer o sindicato e negociar um contrato, depois que os funcionários votaram para se sindicalizar em 2022.
O Conselho Nacional de Relações Trabalhistas (NLRB) certificou oficialmente o sindicato que representa os trabalhadores da instalação, mas a Amazon recorreu dessa decisão.
Fonte: ABC