Corte federal derruba proibição de venda de armas de fogo para adolescentes

A regulamentação que impedia adolescentes de comprar armas de fogo teve início em 1968

Por Lara Barth

Corte federal derruba proibição de venda de armas de fogo para adolescentes

Uma corte de apelação federal derrubou na quinta-feira (30) uma proibição federal de longa data que impedia a venda de armas de fogo para americanos com idades entre 18 e 20 anos — uma regulamentação histórica de controle de armas em vigor desde 1968.

O conservador Tribunal de Apelações do 5º Circuito dos EUA decidiu que a lei federal que proíbe a venda de pistolas para adolescentes é inconsistente com a tradição histórica do país e viola a Segunda Emenda.

A decisão citou a opinião do juiz Clarence Thomas, do Supremo Tribunal, em 2022, no caso New York State Rifle and Pistol Association v. Bruen, que ampliou significativamente os direitos de posse de armas e ameaça reverter outras leis de segurança armamentista em todo o país.

"Em última análise, o texto da Segunda Emenda inclui indivíduos de 18 a 20 anos entre 'o povo' cujo direito de manter e portar armas é protegido", afirmou a corte em sua declaração.

A decisão prosseguiu: "O governo federal apresentou poucas evidências de que os direitos de posse de armas de fogo para pessoas de 18 a 20 anos durante a época da fundação do país foram restringidos de maneira semelhante à proibição contemporânea de compra de pistolas, e suas evidências do século 19 'não podem fornecer muito insight sobre o significado da Segunda Emenda quando contradizem as evidências anteriores'."

O impacto imediato dessa decisão em todo o país não está claro. O caso provavelmente será levado ao Supremo Tribunal.

As pistolas têm sido as armas mais comumente usadas em assassinatos e tiroteios em massa nos Estados Unidos nas últimas décadas, de acordo com dados do governo analisados pelo The Violence Project.

No último período, o Supremo Tribunal manteve uma lei federal que proíbe a posse de armas por pessoas sob ordens de restrição de violência doméstica. Nas próximas semanas, o tribunal avaliará se os fabricantes de armas podem ser responsabilizados por crimes violentos cometidos por criminosos que obtêm armas com facilidade.

Fonte: CBS