Promotores não conseguem indiciar homem acusado de jogar sanduíche em agente da Patrulha de Fronteira em Washington

Grande júri rejeita acusação de agressão; caso expõe dificuldades do governo em sustentar processos de crimes federais leves

Por Lara Barth

Promotores não conseguem indiciar homem acusado de jogar sanduíche em agente da Patrulha de Fronteira em Washington

Promotores federais em Washington, D.C., falharam em obter a acusação formal contra Sean Dunn, homem acusado de jogar um sanduíche em um agente da Patrulha de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP). A decisão do grande júri deixa em aberto se a Procuradoria tentará novamente levar o caso adiante ou se reduzirá a acusação para um delito menor.

O episódio ganhou repercussão nacional após um vídeo do confronto viralizar. O governo Biden chegou a divulgar imagens da prisão de Dunn, realizada por agentes fortemente armados, em uma operação que sua defesa criticou como desproporcional — já que ele havia se oferecido para se entregar.

A situação lembra outro caso recente em que promotores falharam três vezes em tentar indiciar uma mulher acusada de agredir um agente do FBI durante uma troca de prisioneiros com o ICE. Diante da resistência do júri, os promotores acabaram optando por uma acusação de contravenção, que dispensa aprovação formal.

De acordo com a lei federal de julgamento rápido (Speedy Trial Act), os promotores têm 30 dias a partir da prisão de Dunn para decidir se insistem no indiciamento, abandonam o processo ou recorrem a uma acusação menor. Nem a defesa de Dunn nem o Departamento de Justiça comentaram o caso até o momento.

Fonte: ABC