EUA negam visto a ex-comissário da UE por pressão sobre big techs
Governo americano acusa Thierry Breton e ativistas europeus de tentar influenciar plataformas a adotar "censura"
O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira (23) que vai negar visto ao ex-comissário europeu Thierry Breton e a outros quatro europeus, acusados de tentar “coagir” empresas americanas de redes sociais a censurar conteúdos.
Segundo o governo americano, os alvos da medida teriam atuado para pressionar plataformas a adotar regras de moderação alinhadas a políticas estrangeiras, prejudicando companhias e cidadãos dos EUA.
Thierry Breton foi responsável por conduzir a implementação da Lei de Serviços Digitais (DSA) na União Europeia — legislação que estabelece limites para desinformação, exige maior transparência e impõe regras rígidas às big techs. Ele travou embates públicos com figuras como Elon Musk.
Críticos conservadores americanos afirmam que a DSA funciona como instrumento de censura; a UE nega e diz que a lei protege usuários e fortalece a democracia. Breton reagiu nas redes sociais, comparando a decisão americana a um “novo macarthismo”.
Também foram incluídos na lista Imran Ahmed (Centro de Combate ao Ódio Digital), Anna-Lena von Hodenberg e Josephine Ballon (HateAid), além de Clare Melford, diretora do Global Disinformation Index.
Fonte: UOL