Pedidos de seguro-desemprego caem nos EUA e seguem em nível considerado saudável

Apesar de sinais de enfraquecimento do mercado de trabalho, novas solicitações recuam e ficam abaixo das expectativas de analistas

Por Lara Barth

Emprego nos EUA aumenta 1,3%

O número de americanos que solicitaram benefícios de seguro-desemprego voltou a cair na semana encerrada em 20 de dezembro e permanece em um patamar historicamente baixo, mesmo com indícios de que o mercado de trabalho dos Estados Unidos está perdendo força.

Segundo o Departamento do Trabalho, foram 214 mil novos pedidos, 10 mil a menos que na semana anterior e abaixo da previsão de 232 mil feita por analistas da FactSet. O relatório foi antecipado por causa do feriado de Natal. As solicitações funcionam como um termômetro quase imediato das demissões no país.

Na semana passada, o governo informou que a economia criou 64 mil empregos em novembro, mas perdeu 105 mil em outubro, principalmente pela saída de 162 mil servidores federais após cortes do governo Trump. A taxa de desemprego subiu para 4,6%, a maior desde 2021.

Revisões nos dados também retiraram 33 mil vagas dos números de agosto e setembro. A desaceleração é atribuída à incerteza provocada pelas tarifas do presidente Donald Trump e aos efeitos persistentes dos juros altos adotados pelo Federal Reserve em 2022 e 2023.

Desde março, a geração de empregos caiu para uma média de 35 mil por mês, ante 71 mil no período anterior. O Fed reduziu os juros pela terceira vez consecutiva neste mês, temendo que o mercado de trabalho esteja mais fraco do que os números sugerem. Jerome Powell afirmou que as estatísticas ainda podem ser revisadas para baixo.

Empresas como UPS, General Motors, Amazon e Verizon anunciaram cortes recentes, que podem levar meses até aparecer nos dados oficiais.

A média móvel de quatro semanas dos pedidos caiu para 216.750. Já o total de pessoas recebendo benefício subiu para 1,92 milhão na semana anterior.

Fonte: ABC