Disney anuncia demissão de 28 mil funcionários dos parques na Flórida e Califórnia

Impulsionada pela crise no setor gerada pela pandemia, a The Walt Disney Co. anunciou na terça-feira, 29, que planeja demitir 28 mil trabalhadores nos parques da Califórnia e da Flórida. A Walt Disney World na Flórida tem cerca de 77.000 funcionários, enquanto o Disneyland Resort na Califórnia tem mais de 30.000 funcionários.

Dois terços das dispensas planejadas envolvem trabalhadores de meio período, mas variam de empregados assalariados a horistas, disseram autoridades da Disney.

Os parques da Disney fecharam na primavera passada quando a pandemia começou a se espalhar nos EUA. Os parques da Flórida foram reabertos neste verão, mas os parques da Califórnia ainda não reabriram, pois a empresa aguarda orientação do estado da Califórnia.

Segundo os funcionários, a empresa disse que vai indenizá-los, quando apropriado, e também ofereceria outros serviços para ajudar os trabalhadores a conseguirem emprego.

Funcionários do sindicato que representa os atores que interpretam personagens da Disney nos parques temáticos disseram que estavam conversando com funcionários da Disney sobre como seriam impactados, de acordo com a Actors 'Equity Association.

Funcionários do Service Trades Council Union, que representa 43.000 trabalhadores da Disney World na Flórida, disseram que estavam tendo conversas semelhantes.

“Ficamos desapontados ao saber que a crise da Covid-19 levou a Disney a tomar a decisão de dispensar membros do elenco”, disse a coalizão de seis sindicatos em um comunicado.

Cerca de 950 trabalhadores do Unite Here Local 11 na Califórnia serão demitidos a partir de 1º de novembro, disseram os líderes sindicais.

Com seus parques fechados devido à pandemia de abril, a Disney liberou até 43.000 trabalhadores enquanto ainda pagava pelo seguro saúde em seu resort na Flórida. Muitos deles voltaram depois de sua reabertura em julho. Os trabalhadores licenciados na Califórnia também receberam benefícios de saúde.
Em uma carta aos funcionários, Josh D’Amaro, presidente da Disney Parks, Experience and Product, disse que a "relutância da Califórnia em suspender as restrições que permitiriam a reabertura da Disneylândia" exacerbou a situação para a empresa.

D’Amaro disse que sua equipe de gestão trabalhou muito para evitar demissões. Eles cortaram despesas, suspenderam projetos e modificaram as operações, mas não foi o suficiente, dados os limites do número de pessoas permitidas no parque devido às restrições de distanciamento social e outras medidas relacionadas à pandemia, disse.

“Por mais doloroso que seja tomar esta ação, esta é a única opção viável que temos à luz do impacto prolongado da COVID-19 em nossos negócios, incluindo capacidade limitada devido aos requisitos de distanciamento físico e a incerteza contínua em relação à duração do pandemia ”, disse ele. Com informações da Associated Press.