Funcionária da USPS é acusada de furtar cédula de votação em Miami

Por Arlaine Castro

A funcionária teria furtado uma cédula de votação, 'gift-cards' e cartões.

As autoridades federais afirmam que uma funcionária dos Correios dos Estados Unidos (U.S. Postal Service) é acusada de furtar uma cédula de votação do condado de Miami-Dade, 10 'gift-cards' e quatro cartões de débito pré-pagos.

Uma queixa federal apresentada pelo Escritório do Inspetor-Geral dos Correios dos Estados Unidos disse que, entre 5 e 16 de outubro, a funcionária Crystal Nicole Myrie “desviou cartas, cartões postais e correspondências que estavam em sua posse para serem transportadas ou entregues por ela”, informou o Miami Herald.

A cédula de votação tinha sido enviada a um residente pelo Supervisor de Eleições de Miami-Dade Office em 6 de outubro, informa a queixa.

Na sexta-feira passada, 17, dois agentes de inspeção do serviço postal interrogaram Myrie, que admitiu ter roubado vários cartões de débito pré-pagos que deveriam ser entregues a um cliente em sua rota e que ela os usou em lojas, informou o jornal.

Após a entrevista, os investigadores disseram a Myrie que ela teria que entregar sua identidade como funcionária. Ela disse a eles que a identidade estava em seu carro no estacionamento. Eles perguntaram se havia correspondência ou qualquer outro item no carro dela e, a princípio, ela disse que não. Ela então mudou sua resposta para sim.

"Ao se aproximar do veículo, (um agente) observou, à vista de uma janela traseira, várias sacolas de serviços postais contendo envelopes brancos no banco traseiro", segundo a reclamação. “Myrie não está autorizada a entregar correspondência de seu veículo pessoal.

Os dois agentes do inspetor postal revistaram seu carro e encontraram “correspondência não entregue para o código postal atendido por Myrie em Miami Beach", diz a queixa.

Eles também encontraram 36 panfletos políticos e 150 outras correspondências em seu veículo, informou o jornal.

“Ao roubar a cédula de voto por correio (da vítima), Myrie privou (a vítima) de seu direito de votar”, diz a denúncia. Ela admitiu que roubou correspondência esporadicamente (em sua rota) por quase dois anos.

Myrie fez sua primeira aparição no tribunal federal na última segunda-feira, 19, mas ainda não recebeu acusações formais e não havia advogado mencionado.