Campanha visa ajudar brasileiro acusado de furto e levado pelo ICE na FL

Por Arlaine Castro

O brasileiro Rafael Pinson, 32, foi preso no dia 29 de dezembro de 2020 em uma loja do Walmart de Turkey Lake, em Orlando.

O brasileiro Rafael Pinson, 32, foi preso no dia 29 de dezembro de 2020 em uma loja do Walmart de Turkey Lake, em Orlando, acusado de ter roubado uma bandeja de carne moída. Como ele está fora de status legal no país, mesmo com a fiança paga para sair da prisão, os agentes de imigração o detiveram.

O seu noivo, Erik Gomes, criou uma campanha para ajudar a arrecadar dinheiro para pagar os honorários de advogados para tentarem reverter a situação de Rafael, tendo em vista que ele alega inocência e segundo o noivo, há provas. 

"Ele fez uma compra de $200 dólares. No meio da compra, ele passou (a bandeja de carne moída) no scanner do caixa automático, mas a moça disse que ele passou muito rápido e o computador não pegou. Não ficou registrado no sistema. Ela mesmo falou", afirmou Gomes ao Gazeta News. Mesmo assim, elas entenderam que Rafael estava tentando furtar o produto e foi acusado de furto, levado inicialmente para a prisão de Orange County. 

Agora, por causa de sua situação imigratória pendente (segundo o noivo, por casamento), Rafael está detido no Broward Detention Center, em Pompano Beach, e tem audiência marcada para a próxima quarta-feira, dia 20, segundo o noivo.

"Estamos tentando ajudar o Rafael de tantas maneiras mas é impossível sem Escritório de Advocacia, bons advogados e esperança. Tudo o que é possível fazer eu e sua família e alguns amigos estamos fazendo, mas não é o suficiente", pede Gomes na campanha que pretende arrecadar $15 mil.

Entenda o caso

Segundo Gomes, no dia 29 de dezembro Rafael fez compras no valor total de $200 dólares no Walmart, mas ao escanear a bandeja de carne moída para pagar, ela não estava registrada e a funcionária suspeitou de furto e acionou a polícia.

Para o noivo, a acusação tem fundo racista e anti-imigrante. Mesmo Rafael explicando e propondo pagar, ouviu que "imigrante vem para os EUA para roubar".

"Eu misturo racismo do Walmart porque ele é moreno e imigrante e duas mulheres brancas que estavam na hora disseram que ele escaneou muito rápido a embalagem de carne. Uma delas disse que ele era imigrante que só vem pra cá para roubar e chamou a polícia", afirmou.

O noivo explicou ao Gazeta News nesta terça-feira que já tem dois advogados, um criminal e um imigratório, cuidando do caso. "Ele está esperando a audiência agora dia 20. O advogado já juntou todo o caso, as provas. O advogado deu 99.99% de chance dele ser liberado", afirmou. "Tem o vídeo dele pagando tudo e passando a mercadoria", completou. 

Porém, os custos para a defesa de Rafael não são baixos e o noivo pede o apoio de amigos e da comunidade.

"Os custos para os advogados são de 8 mil para representá-lo em dois tribunais, o caução para retirá-lo do Broward Facility pode ser entre 2 e 5 mil. Rafael é um amigo muito simpático, extremamente prestativo com todos e hoje é minha vez de pedir sua ajuda. Precisamos tirá-lo de lá. Ele está sofrendo, o lugar é frio, eles não dão nada para então se sentirem à vontade na espera. É horrível", descreveu.

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