Filho de brasileiros da FL é indiciado por participar de invasão ao Capitólio

O FBI indiciou Samuel Camargo, cidadão norte-americano filho de brasileiros que mora em Fort Myers (FL), por quatro crimes federais relacionados à invasão ao Capitólio no dia 6 de janeiro.

Camargo usou o Instagram e o Facebook para postar sobre sua participação na invasão. Ele foi um dos apoiadores do presidente Donald Trump que agora pode pegar até 25 anos de prisão se for condenado.

Na última sexta-feira, 16, ele recebeu a acusação formal e vai responder por desordem civil, entrar e permanecer em um prédio restrito, conduta desordenada e perturbadora em um edifício restrito e ato de violência física em um edifício do Capitólio.

Logo depois da invasão no Capitólio, o FBI iniciou massiva investigação, inclusive nas redes sociais, buscando dados e perfis dos invasores. A agência pediu ajuda para a população e recebeu milhares de pistas sobre possíveis participantes. Várias pessoas já foram detidas e vão responder por crimes federais.

Nas publicações enviadas ao FBI por uma testemunha que o conhecia e viu as postagens, Camargo aparece subindo a escada do Capitólio e também em vários comícios ao longo do dia em Washington D.C.. Vídeos gravados por ele próprio com a câmera do seu celular foram usados como prova. 

Se dizendo arrependido e "colaborando" com o FBI, ele pede perdão pelo o que fez e acreditava ter sido "inocentado".

"A todos os meus amigos, familiares e pessoas dos Estados Unidos da América, peço desculpas por minhas ações hoje no Capitólio em D.C. Estive envolvido nos eventos que ocorreram hoje cedo. Eu estarei saindo de todas as mídias sociais em um futuro próximo e cooperarei com todas as investigações que possam surgir de meu envolvimento. Lamento a todas as pessoas que decepcionei, pois não sou nem o que defendo", escreveu.

Logo depois, em outro post: “Acabei de falar com um agente do FBI”. “Acredito que fui inocentado", escreveu no dia 8 de janeiro.

Ambas as postagens - a esperançosa e aquela em que ele admite sua presença na insurreição que deixou cinco pessoas mortas - foram citadas na denúncia criminal.