Flórida é o estado número 1 em mortes de pedestres, aponta pesquisa

A Flórida é o estado número 1 em mortes de pedestres, de acordo com o último estudo “Deadly by Design” divulgado na quarta-feira, 10, pela Smart Growth America e a National Complete Streets Coalition.

Segundo o estudo, nove das 15 cidades americanas mais perigosas para pedestres estão na Flórida, com Orlando classificada como a menos segura e a metrópole Miami-Fort Lauderdale-West Palm Beach classificada em 13º no estudo.

Jacksonville ficou em 10º depois de Melbourne / Titusville, Daytona Beach, Lakeland / Winter Haven e Tampa / St. Petersburg.

De acordo com o Insurance Insurance for Highway Safety, 713 pedestres morreram nas estradas da Flórida em 2019 - seus dados mais recentes.

Na Flórida, houve 5.893 mortes de pedestres no período de 10 anos, o que é uma média anual de 2,8 mortes de pedestres por 100.000 pessoas, ou um Índice de Perigo de Pedestres (PDI) calculado no relatório como 201,4. Compare isso com os números nacionais de 1,6 mortes anuais médias por 100.000 e 63,3 PDI.

Compare o PDI da Flórida com o do Texas (125,3), Califórnia (77,3), Ohio (44,1), Nova York (25,1) e o estado mais seguro, Vermont (15,2).

Orlando, com 740 mortes ao longo de 10 anos, registrou um PDI assustador de 295, com No. 2 Bakersfield, Califórnia, em 265 e No. 3 Memphis em 261. Melbourne-Titusville foi No. 4 em 260,9 com Daytona Beach em n° 5 (260) e Sarasota-Bradenton no No. 6 (248) seguido por Tampa-St. Petersburg, Lakeland, Jacksonville e Fort Myers ocupando o 8º ao 11º lugar.

Em Miami-Fort Lauderdale-West Palm Beach, 1.675 pedestres foram atingidos e mortos durante o período para um PDI de 171,9. Compare o PDI de Miami com o de Houston (157,5), Atlanta (152,3), Los Angeles (85,4), Washington, DC (40,3), Chicago (39), San Francisco-Oakland (32,4), Nova York-Newark-Jersey City ( 28,3), Boston (19) e, a mais segura das 100 áreas metropolitanas mais populosas classificadas, Provo-Orem, Utah (14,8).

O domínio da Flórida no topo da lista rendeu a ela uma seção especial no relatório, na qual os líderes estaduais e o Departamento de Transporte da Flórida (FDOT) são punidos por não implementarem as políticas de ruas completas aprovadas em 2014.

De acordo com o estudo, as políticas, projetos e financiamentos da Flórida estão presos na era do automóvel, quando os padrões de crescimento em expansão - especialmente nos estados do Cinturão do Sol - levaram a estradas e pistas mais largas, quarteirões mais longos e engenharia de ruas que priorizou altas velocidades para carros em vez de segurança para pessoas a pé, de bicicleta ou de transporte público, disse Steve Davis, diretor de comunicações da Smart Growth America.

Média nacional

Embora o número de fatalidades tenha se estabilizado no ano passado, o Índice de Perigo para Pedestres do grupo subiu em 84 das 100 principais áreas metropolitanas do país e em 49 dos 50 estados.
Motoristas atropelaram e mataram 53.435 pedestres, mais de 17 pessoas por dia em média, em todo o país entre 2010 e 2019. O número de pessoas mortas enquanto caminhavam tem aumentado continuamente a cada ano, crescendo 45% na última década para quais dados estavam disponíveis para análise.

Outras descobertas incluem que os pedestres com 75 anos ou mais são os mais propensos a morrer em um acidente, enquanto aqueles entre 50 e 64 anos são o segundo grupo per capita mais alto. E o maior número de fatalidades ocorre com pessoas que ganham menos de US $ 41.000 por ano e pedestres negros têm metade mais probabilidade de morrer do que brancos.

Um dos motivos pelos quais se tornou mais perigoso ser um pedestre é a crescente popularidade e tamanho de SUVs e caminhonetes caminhões, que têm duas a três vezes mais probabilidade de matar um pedestre em um acidente do que um sedã, de acordo com um relatório da National Highway Traffic Safety Administration.

O estudo Deadly by Design é lançado todos os anos para pressionar as comunidades e as autoridades sobre a segurança nas rodovias. Os pesquisadores responsabilizam os legisladores por não buscarem reduzir o número de mortes.

“Apesar do que afirmam sobre segurança, eles continuam priorizando carros em movimento em altas velocidades. Pessoas caminhando - especialmente aquelas mais vulneráveis a serem atingidas e mortas - continuam pagando o preço", diz o estudo. Fonte: News4Jax.