Mãe na Flórida dá à luz bebê com anticorpos COVID

Por Livia Mendes

A mulher estava grávida de 36 semanas quando recebeu a primeira dose da vacina Moderna.

Uma mãe da Flórida, que recebeu uma dose da vacina contra o coronavírus durante a gravidez, deu à luz o primeiro bebê com anticorpos contra covid-19 que se tem registro. Médicos acreditam que ela tenha transmitido os anticorpos ao seu recém-nascido durante a gestação.

"Até onde sabemos, esta foi a primeira vez no mundo relatada de um bebê nascer com anticorpos após uma vacinação", disse o pediatra Paul Gilbert. Os pesquisadores escreveram em um relatório de caso pré-impresso que ainda não foi revisado por pares, mas o artigo foi aceito para publicação oficial em revista.

A mãe, uma profissional de saúde da linha de frente, estava grávida de 36 semanas quando recebeu a primeira dose da vacina Moderna. Uma amostra de sangue foi coletada depois que o bebê nasceu em janeiro para ver se os anticorpos da mãe haviam sido transmitidos para o bebê, o que Gilbert disse ser algo "que vemos acontecer com outras vacinas administradas durante a gravidez".

A mulher recebeu a segunda dose durante o período pós-parto de acordo com o cronograma de vacinação de 28 dias. "Este é um pequeno caso em que serão milhares e milhares de bebês nascidos de mães que foram vacinadas nos próximos meses", acrescentou o pediatra Chad Rudnick.

Embora esse caso seja potencialmente importante na luta contra o coronavírus, os pesquisadores alertaram que os recém-nascidos de mães vacinadas continuarão sob risco de infecção devido a certos fatores.

Um estudo separado publicado no mês passado na revista JAMA Internal Medicine sugere que aqueles que têm anticorpos COVID-19 têm um risco significativamente menor de reinfecção em comparação com aqueles que não os têm.

O estudo também sugere que aqueles que têm anticorpos contra o coronavírus podem estar protegidos da reinfecção em até 90 dias, ou cerca de três meses, e possivelmente depois.

Chad Rudnick, no entanto, observou que mais estudos são necessários para determinar quanto tempo a proteção vai durar. “Eles têm que determinar em que nível de proteção ou quantos anticorpos um bebê precisa ter circulando para lhes dar proteção”, afirmou o médico.

Fonte: FOX News