Ex-prefeita de Boca Raton faz acordo de confissão por uso indevido de cargo

A ex-prefeita de Boca Raton, Susan Haynie, confessou em um acordo nesta quinta-feira (01) ser culpada das acusações decorrentes de um caso de corrupção pública, de abuso de cargo público e de não divulgação de um conflito de votação. O caso foi julgado em março do ano passado e Haynie poderia cumprir até 23 anos de prisão pelos crimes. Como resultado do acordo, a ex-prefeita foi condenada por duas contravenções de primeiro grau e recebeu 12 meses de liberdade condicional.

Ao firmar o acordo judicial, Haynie se eximiu das quatro acusações de corrupção criminosa que foram arquivadas no momento de sua prisão três anos atrás. Sendo assim, ela não é mais acusada de omitir dólares em receitas, incluindo dinheiro de construtoras urbanas proeminentes. Os promotores também retiraram outra infração relacionada à corrupção que ela vinha enfrentando.

Segundo o procurador-chefe do estado, Alan Johnson, os crimes de Haynie dizem respeito a quatro votos impróprios que ela obteve como prefeita de 2016 a 2017 para aprovar projetos para beneficiar os maiores proprietários de terras comerciais de Boca Raton, James e Marta Batmasian.

Com a resolução de quinta-feira, Haynie deve pagar uma multa de US $ 1.000 e realizar 100 horas de serviço comunitário, como parte dos termos aprovados pelo juiz do circuito do condado de Palm Beach, Jeffrey Dana Gillen.

A ex-prefeita divulgou uma carta de desculpas aos residentes de Boca Raton, escrevendo que “os cidadãos de Boca Raton não devem aceitar nada menos do que o mais alto nível de ética de seus governantes eleitos”, escreveu Haynie. “Eu falhei em viver de acordo com esse padrão e hoje, aceito a responsabilidade ao entrar com minha confissão de culpa”, afirmou.

O acordo de confissão também impede Haynie de buscar um cargo eletivo durante seu período de liberdade condicional. Ela prometeu nunca mais procurar cargos públicos e lamentou por “qualquer luz negativa que meu caso lançou sobre nossa cidade”.

Em 2018 Haynie estava há um ano no segundo mandato como prefeita e fazia campanha por uma vaga na comissão do condado. Com o escândalo de corrupção, ela foi então suspensa e destituída do cargo.

Fonte: Sun Sentinel