Enfermeira na Flórida vai presa por ameaçar matar vice Kamala Harris

Por Livia Mendes

Niviane Petit Phelps, de Miami Gardens, foi presa após uma investigação do Serviço Secreto dos Estados Unidos

Niviane Petit Phelps, 39, uma enfermeira do sul da Flórida, que trabalha no Jackson Health System há 20 anos, foi presa na última quinta-feira (15) sob acusações federais de fazer ameaças de matar a vice-presidente Kamala Harris. Phelps gravou uma série de vídeos nos quais expressava sua raiva pela vitória do presidente Joe Biden e Harris.

Phelps foi pega porque enviou a série de vídeos ameaçadores junto com duas fotos para seu marido, Joseph, que está preso na prisão estadual em Crawfordville após ser condenado por um assalto à mão armada em 1996 e assassinato do dono de uma mercearia. Os vídeos foram enviados por meio de um aplicativo de computador que permite que as famílias se conectem com os prisioneiros.

"Kamala Harris, você vai morrer. Seus dias já estão contados. Alguém me pagou $ 53.000 só para te ferrar e eu vou aceitar, vou fazer o trabalho, ok", disse Phelps em um vídeo, de acordo com a denúncia.

O advogado de defesa de Phelps, Scott Saul, disse ao Miami Herald na sexta-feira (16) que ainda está revisando detalhes do caso, mas afirmou que os vídeos pretendiam ser uma conversa privada entre Phelps e seu marido e que a lei federal exigia "uma verdadeira ameaça", não apenas "conversa fiada ou uma observação descuidada”. Ele concluiu ainda afirmando que não acha que tenha havido uma ameaça realista ou iminente à vice Kamala Harris.

A denúncia disse que os investigadores também encontraram uma foto que mostrava Phelps em um campo de tiro, segurando uma pistola e sorrindo ao lado de um alvo com buracos de bala. Phelps também solicitou uma licença de porte de arma escondida em fevereiro, disse a denúncia.

Por enquanto, Phelps, que pode pegar até cinco anos de prisão se for condenada, está detida no Federal Detention Center em Miami porque o juiz magistrado na quinta-feira (15) a considerou um “perigo para a comunidade”.

Em um comunicado, a Jackson Health disse que Phelps trabalha para eles desde 2001, passando os últimos dois anos como enfermeira prática no Ambulatory Care Center West no Jackson Memoria Medical Center. “Ela foi suspensa sem remuneração enquanto processamos sua rescisão de contrato de trabalho”, diz o comunicado do sistema hospitalar.

A investigação

Em 6 de março, o agente do serviço secreto Lucas White disse que conversou com Phelps em sua casa em Miami Gardens sobre os vídeos e fotos que ela havia enviado para o marido na prisão. “Phelps começou dizendo que estava com raiva na época por Kamala Harris se tornar vice-presidente, mas que ela havia 'superado isso''', de acordo com a declaração.

Sobre as fotos no campo de tiro, ela disse ao agente que foi até o local para praticar por causa do bairro inseguro em que mora, diz a denúncia. O agente encerrou a entrevista, perguntando se Phelps tinha planos de ir para Washington, D.C., que ela negou, mas filha de Phelps, que estava na sala, disse: "Não disse que íamos?", o que aumentou as suspeitas.

Fontes: NBC Miami e Miami Herald