Biden apoia manifestantes cubanos após presidente acusar EUA

Por Arlaine Castro

Milhares de cubanos saíram às ruas no domingo, 11, no maior protesto da história recente no país, pedindo liberdade e o fim da ditadura comunista.

O presidente Biden elogiou nesta segunda-feira, 12, os manifestantes cubanos por emitirem um "toque de clarim por liberdade e alívio" em protestos históricos na ilha. Biden pediu ao governo cubano que permita os protestos pacíficos.

A declaração de Biden segue as alegações do presidente cubano Miguel Díaz-Canel de que os Estados Unidos estão financiando os manifestantes.

“Apoiamos o povo cubano e seu clamor por liberdade e alívio das trágicas garras da pandemia e das décadas de repressão e sofrimento econômico a que foi submetido pelo regime autoritário de Cuba”, disse Biden.

“O povo cubano está defendendo com bravura os direitos fundamentais e universais”, continuou o presidente, acrescentando que esses direitos, “inclusive o direito de protesto pacífico e o direito de determinar livremente seu próprio futuro, devem ser respeitados”.

"Os Estados Unidos conclamam o regime cubano a ouvir seu povo e atender às suas necessidades neste momento vital, em vez de enriquecer", completou Biden.

Cubanos na Flórida 

Na Flórida, a comunidade de exilados cubanos se reuniu na Southwest 8th Street no bairro de Little Havana em Miami, em frente ao Restaurante Versailles, para mostrar seu apoio aos habitantes da ilha.

Políticos do sul da Flórida - incluindo o senador Marco Rubio, o prefeito de Miami Francis Suarez e a prefeita de Miami-Dade Daniella Levine Cava - também expressaram seu apoio aos protestos.

O governador Ron DeSantis também escreveu no Twitter que “a Flórida apoia o povo de Cuba enquanto ele toma as ruas contra o regime tirânico de Havana”.

Por que os protestos 

Milhares de cubanos saíram às ruas no domingo, 11, no que já é o maior protesto da história recente no país. 

Cuba enfrenta sua pior crise econômica em décadas, em parte devido à pandemia do coronavírus, que paralisou o turismo - um dos maiores motores da economia do país insular. Os cubanos enfrentaram escassez de alimentos e remédios e lutaram para conseguir suprimentos básicos. A ilha está sob embargo econômico imposto pelos Estados Unidos em 1960.

Os manifestantes exigiram liberdade e pedem o fim da ditadura comunista do país, enquanto Cuba atravessa sua pior crise econômica em décadas, junto com o ressurgimento de casos de coronavírus. Com informações da Reuters.