Identificação das vítimas de Surfside começa a ficar mais complicada

Por Arlaine Castro

O número de mortos recuperados aumentou para 94 nesta segunda-feira, 12.

No 19º dia desde o colapso parcial das Champlain Towers South, o número de mortos aumentou para 94 nesta segunda-feira, 12, disse a prefeita do condado de Miami-Dade, Daniella Levine Cava.

Mais quatro corpos foram encontrados desde a manhã de domingo em um processo que ela reconhece estar ficando "mais difícil". Doze milhões de toneladas de concreto foram removidas até domingo.

Apesar da chuva intensa e inundações na região, equipes de busca continuam a trabalhar nos escombros na tentativa de encontrar os restos mortais de todas as vítimas, mas ainda enfrentam dificuldades para localização e identificação, atrasando um processo já árduo.

Levine Cava disse que 83 dessas vítimas foram identificadas, com 80 familiares notificados. Outras 22 pessoas permanecem desaparecidas. As autoridades pedem paciência ao público e aos entes queridos das vítimas enquanto o trabalho continua.

“Quero enfatizar que a polícia e as equipes de legistas estão trabalhando continuamente para identificar as vítimas”, disse. “No entanto, o processo fica mais difícil com o passar do tempo. A recuperação neste ponto está rendendo restos humanos. ”

Funcionários usam DNA para identificar os restos mortais das vítimas. As autoridades disseram não ter certeza de quando o trabalho estará concluído, mas que ainda pode levar de 2 a 3 semanas.

“O processo é metódico e cuidadoso e leva tempo”, explicou a prefeita.

Três crianças menores de 10 anos estavam entre as vítimas identificadas publicamente pela polícia de Miami-Dade no domingo - uma delas Lorenzo De Olivera Leone, 5, filho da brasileira Raquel Oliveira.

Em 4 de julho, a parte restante do prédio foi derrubada em uma demolição controlada e três dias depois, Levine Cava anunciou que não havia esperança de encontrar ninguém vivo nos escombros.

Futuro do local

O prefeito de Surfside, Charles Burkett, disse nesta segunda-feira que as discussões estão em andamento sobre o que acontecerá com o futuro do local do colapso. As famílias das vítimas estão sendo consultadas e a segurança reforçada foi colocada em prática no local.

“É óbvio que isso se tornou muito mais do que um canteiro de obras em ruínas”, disse Burkett. “Tornou-se um local sagrado.”

O Diretor da Polícia de Miami-Dade, Freddy Ramirez, disse que a segurança adicional é proativa e garante que todos os pertences recuperados sejam devolvidos com segurança às famílias. Com informações do Local 10.