Ex-enfermeira de Miami pode pegar cinco anos de prisão por ameaçar Kamala Harris

Por Arlaine Castro

Niviane Petit Phelps (à direita) fez várias ameaças à vida de Harris poucos dias depois que ela e o presidente Biden tomaram posse.

Uma ex-enfermeira do Jackson Health System em Miami pode ser condenada a cinco anos de prisão após se confessar culpada de ameaçar matar a vice-presidente Kamala Harris.

Niviane Petit Phelps, 39 anos e mãe de três filhos, fez várias ameaças à vida de Harris poucos dias depois que ela e o presidente Biden tomaram posse. Ela gravou e enviou vários vídeos para o marido, que estava na prisão, nos quais dizia ter sido paga para matar Harris e que os "dias da vice-presidente estão contados".

"Kamala Harris, você vai morrer. Seus dias já estão contados. Alguém me pagou $ 53.000 só para te foder e eu vou pegar, vou fazer o trabalho, ok", disse Phelps na época, explicando ainda que realizaria o assassinato em 50 dias, de acordo com a denúncia criminal.

Depois de enviar os vídeos, Phelps teria enviado uma foto sua segurando uma arma de fogo com uma folha de alvo à distância de uma arma. Dois dias depois, ela solicitou uma licença de porte de arma escondida. Ela também admitiu ter dito aos policiais que cuidaram do caso, que se eles não tivessem ido a sua casa, ela "não sabia" o que teria acontecido.

Ela foi presa em abril, após uma denúncia ao Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Sul da Flórida. Desde então, ela foi demitida de seu emprego de enfermagem. Na sexta-feira, 10, se declarou culpada de seis acusações de fazer ameaças contra a vice-presidente.

Defesa

Seu advogado, Scott Saul, disse ao Miami Herald que Phelps não havia feito planos para cumprir suas ameaças e estava apenas desabafando com o marido preso. Ele acrescentou que “tem sido importante para a Sra. Phelps demonstrar sua aceitação da responsabilidade do ato”.

Phelps, que é negra, teria dito aos investigadores que seu motivo para fazer as ameaças foi porque ela acreditava que Harris, que tem mãe indiana e pai jamaicano, não era realmente negra. Ela também disse acreditar que Harris colocou a mão sobre a bolsa em vez de sobre a Bíblia durante seu juramento, o que foi provado ser falso.

A audiência está marcada para 19 de novembro. Se condenada, pode pegar uma sentença máxima de cinco anos de prisão. Leia o comunicado do Departamento de Justiça sobre o caso.