"A falta de informação me custou muito caro", diz brasileira diagnosticada com câncer de mama aos 35

Gisele Buono, hoje com 41 anos, precisou passar por quimioterapia, mastectomia e cirurgia de reconstrução das duas mamas.

Por Arlaine Castro

Gisele Buono, hoje com 41 anos, mora em Coconut Creek e superou um tipo raro de câncer de mama.

"No meu caso, a falta de informação me custou muito caro", conta Gisele Buono, hoje com 41 anos. Diagnosticada com um tipo raro de câncer de mama aos 35 anos, ela precisou passar por quimioterapia, mastectomia e cirurgia de reconstrução.

Ao Gazeta News, Buono, hoje curada e líder de um grupo de apoio a mulheres com câncer, faz um alerta para as outras mulheres sobre a importância do autocuidado, da prevenção e da busca por informação.

"Passei por todos os efeitos colaterais das 16 sessões semanais de quimioterapia, precisei de gente, muita gente; da compaixão e da ajuda financeira também. Pelo meu tipo de câncer eu precisei passar pela mastectomia dos meus dois seios e depois a cirurgia de reconstrução. Há cinco anos sou câncer 'free' e deixo meu apelo para vocês fazerem seus exames regularmente. Vale muito, mas muito a pena mesmo a prevenção", orienta.

"A gente nunca acha que essas coisas vão acontecer com a gente"

Mesmo sabendo que tinha hereditariedade na família (perdeu duas primas com mesmo tipo de câncer), assim como várias mulheres, ela achava que o autoexame e a mamografia só fariam sentido a partir dos 40 anos. "Tenho uma prima em tratamento agora com a mesma idade de quando recebi meu diagnóstico, 35 anos. Hoje sei que minha filha precisa começar com a prevenção a partir dos 18 anos", analisa.

"A verdade é que a gente nunca acha que essas coisas vão acontecer com a gente. Lembro que, quando recebi meu diagnóstico, eu disse pra enfermeira: Mas como assim? Eu corro pelo menos 5km por dia, não bebo nem fumo, me alimento de forma saudável. E ela: 'Pois é, essa reação é comum nas pessoas que recebem o diagnóstico, mas não tem nada a ver'".

Leia mais sobre o caso da brasileira em 

BRASILEIRAS SE UNEM NA FL PARA ENFRENTAR O CÂNCER DE MAMA

 

Mamografia gratuita e instituições de apoio

A National Breast Cancer Foundation oferece exames gratuitos em diversos locais em todo o país, inclusive na Flórida. Saiba pelo nationalbreastcancer.org/nbcf-programs/patient-services

A Fundação Susan G. Komen tem filiais em 120 cidades americanas, inclusive na Flórida. ww5.komen.org/affiliates

O National Breast and Cervical Cancer Control Program fornece exames de câncer de mama e cervical e serviços de diagnóstico para mulheres de baixa renda e sem seguro. Para se qualificar para esta seleção, a mulher deve ter entre 40 e 64 anos, não ter seguro que cubra o exame e estar em ou abaixo de 250% do nível federal de pobreza.