Júri recomenda pena de morte para assassino de policial de Orlando

Por Arlaine Castro

Markeith Loyd foi condenado pelo assassinato de uma policial do Departamento de Polícia de Orlando em janeiro de 2017.

Um júri recomendou pena de morte para Markeith Loyd, condenado pelo assassinato de uma policial do Departamento de Polícia de Orlando em janeiro de 2017.

O Nono Tribunal do Circuito Judicial decidiu pela pena máxima na quarta-feira, 8. Em novembro, Loyd foi considerado culpado de atirar fatalmente na policial de Orlando Debra Clayton durante uma caçada que começou em dezembro de 2016, depois que ele atirou e matou sua ex-namorada, que estava grávida.

Durante sua fuga da polícia, em janeiro de 2017, ele atirou e matou a policial que o localizou fora de um Walmart. Ele foi preso dias depois.

Com relação à morte da ex-namorada, em julgamento em outubro de 2019, a defesa do acusado conseguiu evitar a pena de morte, quando o júri da Flórida votou por unanimidade pela não recomendação da sentença.

Ele foi então condenado à prisão perpétua, pelas condenações de homicídio em primeiro grau, homicídio em primeiro grau de uma criança por nascer e tentativa de homicídio em primeiro grau, juntamente com duas acusações de tentativa de homicídio doloso.

Debra Clayton, 42, era sargento-chefe do departamento de polícia no momento de sua morte. Ela foi postumamente promovida a tenente.

O Departamento de Polícia de Orlando elogiou a decisão do júri da pena de morte.

"Desde sua morte, os entes queridos da tenente Clayton e toda a família do OPD esperaram pelo dia em que o réu seria responsabilizado por seus crimes hediondos. Ele agora enfrentará a pena mais alta prevista por lei", disse o departamento.

A decisão final dependerá do juiz que preside o júri. Com informações da CNN.

Pena de morte na Flórida

A Flórida tem uma longa história de pena de morte que remonta ao século XIX. As informações são do canal WPTV. 

A primeira execução conhecida na Flórida foi em 1827, quando Benjamin Donica foi enforcado por assassinato.

Naquela época, os enforcamentos públicos eram fiscalizados e executados pelos xerifes dos condados onde ocorreram os crimes. Mas isso mudou em 1923, quando o Legislativo da Flórida aboliu os enforcamentos públicos e, em vez disso, autorizou o uso da cadeira elétrica como um método de execução mais humano.

Frank Johnson foi a primeira pessoa a ser executada eletrocutada na Flórida em 7 de outubro de 1924. Eletrocussão era o único método de execução no Sunshine State até 2000, quando a polêmica morte de Allen Lee Davis levou o estado a mudar para a execução por injeção letal.

Atualmente, há 305 presos aguardando no corredor da morte na Flórida, de acordo com o Departamento de Correções da Flórida.

Desse número, apenas três são mulheres. Os presos brancos no corredor da morte superam os presos negros em 69. Ou seja, há 182 presos brancos no corredor da morte em comparação com 113 que são negros. Os outros 10 no corredor da morte são hispânicos ou designados como "outros" pelo Departamento de Correções da Flórida.

Desde que a Suprema Corte dos EUA reinstituiu a pena de morte em 1976, o estado da Flórida executou 99 assassinos - 44 por eletrocução e 55 por injeção letal.

A última execução na Flórida foi Gary Ray Bowles em 22 de agosto de 2019.