Houve mais de 200 casos de distritos escolares públicos na Flórida proibindo livros desde julho passado, o terceiro maior número de qualquer estado nos EUA, de acordo com um relatório da PEN America, um grupo de defesa de profissionais de redação.
De acordo com o relatório divulgado esta semana, a Flórida teve 204 casos de proibição de livros em sete distritos escolares entre julho de 2021 e março de 2022. Apenas Texas e Pensilvânia tiveram números mais altos.
Os distritos escolares que tiveram alguns livros proibidos são dos condados de Brevard, Clay, Flagler, Indian River, Orange, Pinellas e Polk.
A PEN America também alertou que mais livros podem ser proibidos na Flórida no futuro, agora que o governador Ron DeSantis sancionou um projeto de lei que torna mais fácil para os pais contestarem livros e materiais instrucionais que não aprovam. Os defensores da legislação dizem que ela dá aos pais maior envolvimento na educação de seus filhos.
Segundo o relatório, em Orange County, lar de Orlando, os líderes escolares retiraram livros sem seguir seus próprios processos. No condado vizinho de Polk, 16 livros foram colocados em “quarentena” enquanto as autoridades decidiam se os baniriam permanentemente depois que um grupo de defesa nacional conservador, não um pai local, os sinalizou como problemáticos, segundo o relatório.
Livros proibidos nos distritos escolares da Flórida, seja permanentemente ou com revisão pendente, incluem “The House of Spirits”, de Isabel Allende, “The Handmaid’s Tale”, de Margaret Atwood, “The Rape of Nanking”, de Iris Chang, “Extremely Loud and Incredably Close”, de Jonathan Safran Foer. "O Caçador de Pipas" de Khaled Hosseini, "Admirável Mundo Novo" de Aldous Huxley e "Amada" de Toni Morrison.
A PEN America é composta por romancistas, jornalistas, editores, poetas, ensaístas, dramaturgos e editores. Fonte: Wink NewsAssociated Press.
