Xerife defende pena de morte a brasileiro suspeito de matar ex-namorada no Alabama

Por Arlaine Castro

Marcus Spanevelo, 34, é suspeito pela morte de Cassie Carli, 37.

O xerife Bob Johnson, do condado de Santa Rosa, no norte da Flórida, que investiga a morte de Cassie Carli, defendeu que o brasileiro Marcus Spavenelo, 34 anos, o principal suspeito no caso, receba a pena de morte pelo crime.

“Eu acho que ou (Spanevelo) vai passar o resto de sua vida na prisão ou ele vai tomar a agulha. Com sorte, a agulha”, disse Bob Johnson em coletiva de imprensa na quarta-feira, 6, fazendo referência a injeção letal, um dos principais métodos para a pena de morte nos Estados Unidos e atualmente utilizado na Flórida.

O xerife também disse que Marcus Spavenelo não tem ajudado nas investigações desde o início:
“Ele está agindo como um saco de lixo. Nunca coopera conosco. Pense nisto: a mãe do seu bebê está desaparecida e você não vai cooperar com as autoridades? Isso é meio revelador”, disse Johnson.

O brasileiro foi preso no sábado, 2, no Tennessee, logo após a polícia encontrar o corpo de sua ex-mulher, a americana Cassie Carli, de 37 anos, em um celeiro, em uma cova rasa. O local tem ligação indireta com o suspeito.

Conforme divulgado pelo Gazeta News, Carli tinha sido vista pela última vez em 27 de março, quando se encontrou com Spanevelo - pai de sua filha de 4 anos - no estacionamento de um restaurante de Navarre Beach, na Flórida.
Johnson informou que Spavenelo foi preso sob a acusação de adulteração de provas, fornecimento de informações falsas sobre uma investigação de pessoas desaparecidas e destruição de provas.

Dias antes, o carro de Cassie foi encontrado pelos investigadores no estacionamento onde ela se encontrou com Spanevelo. Havia alguns pertences da vítima no automóvel, mas o celular da vítima desapareceu. Segundo o xerife, o brasileiro se livrou do aparelho.

Relacionamento abusivo

Spavenelo e Cassie tinham a guarda compartilhada da criança e travavam uma disputa judicial pela guarda da menina desde 2019. De acordo com amigos da vítima, o brasileiro ameaçava levar a filha para o Brasil.

Em agosto de 2021, a irmã de Carli, Raeann, criou um GoFundMe para arrecadar dinheiro para os honorários legais de Carli durante sua batalha judicial. A descrição da arrecadação contém um relato de Carli sobre o suposto abuso que ela sofreu do ex-namorado.

A menina estava na companhia de Spanevelo no momento em que o brasileiro foi preso. De acordo com as autoridades, ela foi entregue à família da mãe.