Erro obriga a refazer a seleção do júri no julgamento do atirador de Parkland (FL)

Por Arlaine Castro

Elizabeth Scherer, a juíza que supervisiona a seleção do júri, admitiu o erro por causa de um mal entendido.

A seleção do júri no julgamento da pena de morte do atirador da escola de Parkland, Nikolas Cruz, teve que ser recomeçado nesta segunda-feira, 25, depois de um erro nos primeiros interrogatórios feitos pela juíza.

Elizabeth Scherer, a juíza que supervisiona a seleção do júri, admitiu que ela deveria ter questionado 11 jurados que disseram que não seguiriam a lei antes de liberá-los. Scherer os dispensou depois que eles disseram a ela que não poderiam seguir a lei se solicitados a decidir se Cruz deveria receber a pena de morte.

Após seis dias de seleção do júri, mais de 200 pessoas estão atualmente selecionadas, mas a defesa e acusação ainda precisam interrogá-las. Os 12 jurados selecionados terão que decidir se Cruz enfrentará a pena de morte ou prisão perpétua sem liberdade condicional.

Constatado o erro, os promotores apresentaram uma moção para iniciar a seleção do júri de novo. Ao conceder a moção, sobre a forte objeção dos advogados de defesa, a juíza anulou duas semanas de trabalho, forçando-os a iniciar todo o processo novamente.

Onze jurados em potencial que foram liberados na semana passada deveriam voltar ao tribunal nesta segunda-feira para que os advogados de ambos os lados tivessem a chance de questioná-los, mas a juíza disse que houve uma "falha de comunicação" e que eles voltariam na próxima semana.

Tem sido tudo menos tranquilo desde que a seleção do júri começou durante a primeira semana de abril.
Por causa de atrasos e outros problemas, Scherer teve que mudar o início da fase de penalidades de 31 de maio para 13 de junho.

Cruz já se declarou culpado de matar 17 pessoas durante o massacre de 2018 na Marjory Stoneman Douglas High School e será condenado à pena de morte ou prisão perpétua sem liberdade condicional. Fonte: Associated Press.