Brasileiro nega amostra de DNA e se declara inocente em morte da ex-mulher na FL

O brasileiro Marcus Spavenelo, principal suspeito no assassinato da ex-mulher, a americana Carlie Cassie, 37 anos, se declarou inocente das acusações e recusou fornecer amostra de DNA solicitado pelas autoridades.

Segundo os documentos judiciais do Tribunal do condado de Santa Rosa, norte da Flórida, Spanevelo é acusado de adulteração de provas, fornecimento de informações falsas sobre uma investigação de pessoas desaparecidas e destruição de provas.

Relembre o caso

Conforme divulgado pelo Gazeta News, Carli tinha sido vista pela última vez em 27 de março, quando se encontrou com Spanevelo - pai de sua filha de 4 anos - no estacionamento de um restaurante de Navarre Beach, na Flórida. Câmeras de segurança comprovaram o casal no local.

Dias depois, o carro de Cassie foi encontrado pelos investigadores no estacionamento do restaurante.

O brasileiro foi preso no dia 2 de abril, no Tennessee, horas depois de a polícia encontrar o corpo de sua ex-mulher em um celeiro, em uma cova rasa. O local tem ligação indireta com o suspeito. Carli foi dada como desaparecida em 27 de março pela família e desde então a polícia vinha investigando o seu desaparecimento.

Nove dias antes do crime, Spanevelo teria sido condenado a pagar a pagar US $ 5.920 em honorários advocatícios na batalha pela custódia da filha do casal.

Relacionamento abusivo

Spavenelo e Cassie tinham a guarda compartilhada da criança e travavam uma disputa judicial pela guarda da menina desde 2019. De acordo com amigos da vítima, o brasileiro ameaçava levar a filha para o Brasil.

Em agosto de 2021, a irmã de Carli, Raeann, criou um GoFundMe para arrecadar dinheiro para os honorários legais de Carli durante sua batalha judicial. A descrição da arrecadação contém um relato de Carli sobre o suposto abuso que ela sofreu do ex-namorado.

A menina estava na companhia de Spanevelo no momento em que o brasileiro foi preso. De acordo com as autoridades, ela foi entregue à família da mãe.

Pena de morte

O xerife do condado de Santa Rosa que investiga o caso, Bob Johnson, defendeu que o brasileiro Marcus Spavenelo, 34 anos, receba a pena de morte pelo crime.

“Eu acho que ou (Spanevelo) vai passar o resto de sua vida na prisão ou ele vai tomar a agulha. Com sorte, a agulha”, disse Johnson, fazendo referência a injeção letal, um dos principais métodos para a pena de morte nos Estados Unidos e atualmente utilizado na Flórida.